domingo, 1 de março de 2020

Azambuja: mais cenas rocambolescas de um imbróglio num aterro

  • O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) começou por apresentar um parecer negativo ao projeto do aeroporto no Montijo, alertando para a possibilidade de um processo de contencioso comunitário futuro. O conselho diretivo da autoridade nacional para a conservação da natureza pediu-lhe que elaborasse um conjunto de medidas de compensação e minimização de impactos de forma a tentar minimizar os impactos negativos do aeroporto. E, para dar mais robustez aos argumentos, contratou os serviços de uma grande sociedade de advogados - a Vieira de Almeida. E foi assim que o Montijo foi apresentado como a única hipótese de aeroporto. Expresso.
  • O vereador, António José Matos, a presidente de Junta de Azambuja, Inês Louro, e o presidente dos Bombeiros de Azambuja, André Salema, foram recebidos à pedrada por um grupo de motoristas concentrados nas imediações do aterro. Os autarcas regressavam da tomada de posse da concelhia das mulheres socialistas de Azambuja, que se realizou em Aveiras de Cima, quando pararam os carros junto ao aterro depois de estranharem a presença de uma dezena de camiões carregados de resíduos numa sexta-feira à noite quando naquela estrutura não são permitidas descargas durante o fim-de-semana. “Quisemos registar o que se estava a passar e fotografar as matrículas”, diz André Salema. E, em resposta, acrescenta, os motoristas terão tentado pontapear os carros em que seguiam e atirado com pedras. A versão dos motoristas é diferente: os trabalhadores estavam a dormir dentro das viaturas carregadas de lixo quando foram acordados ao som de palavras insultuosas. “Entre muitos palavrões disseram-lhes para levar o lixo para a terra deles. Só estamos a fazer o nosso trabalho”, conta um motorista que não assistiu mas garante ser esta a versão dos colegas de trabalho envolvidos no episódio. À porta do aterro de Azambuja, gerido pela empresa Triaza, pertencente à SUMA, está afixado o horário de funcionamento onde se lê que as entregas de resíduos acontecem de segunda a sexta-feira das 08h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00. No entanto, segundo Inês Louro, a dezena de camiões efetuou a descarga às primeiras horas da manhã de sábado, 22 de Fevereiro. O aterro de Azambuja, a laborar desde 2017, tem sido, nos últimos meses, alvo de forte contestação por parte da população e autarcas do concelho, desde que a presença de centenas de aves e um cheiro nauseabundo se faz sentir na zona norte da vila de Azambuja. Na terça-feira, 18 de Fevereiro, a Câmara de Azambuja entregou toda a documentação relativa ao aterro a um gabinete de advogados com especialização na área do ambiente e resíduos. O objetivo é encerrá-lo. Entretanto, a Inspeção Geral do Ambiente detetou inconformidades na deposição de resíduos de amianto. Os maus cheiros devem-se a uma paragem da incineradora da Valor Sul - empresa de tratamento de resíduos urbanos - que obrigou a que os resíduos fossem encaminhados para outra unidade”, designadamente o aterro de Azambuja. O Mirante.
  • Em Portugal continental morre acidentalmente nas redes de pesca pelo menos um golfinho por dia, segundo a investigadora Catarina Eira, da Universidade de Aveiro, que alerta para ameaça de extinção da espécie boto. Foram já feitos testes com um tipo de redes mais facilmente detetadas pelos golfinhos, mas foram abandonados porque diminuíam a quantidade de pesca, e estão a ser testados equipamentos (“pingers”) que emitem um som que afasta golfinhos sem ser prejudicial. Mas a implementação não é fácil. Sapo24.
  • A associação ambientalista Jornada Principal sugere a demissão imediata do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, acusando-o de criar uma encenação técnica para permitir a manutenção da atividade da Recivalongo no aterro em Sobrado, em Valongo. Expresso.
  • Félix Rodrigues diz ter ficado a saber pelo Diário Insular que o processo que a Câmara Municipal da Praia da Vitória e o seu Presidente Tibério Dinis lhe tinham posto, afinal paira no ar como ameaça. Segundo aquele diário terceirense, embora esteja pronto para ser entregue aos tribunais o processo contra o professor da Universidade dos Açores, Félix Rodrigues, que tem sido das vozes mais críticas face ao problema da contaminação no concelho da Praia da Vitória, o município não avançará com o processo cível, dado que o investigador não voltou a colocar em causa a segurança e qualidade da água abastecida à população. "Nunca mais houve nenhuma declaração sobre a qualidade da água fornecida pela Praia Ambiente. Havendo, estamos prontos para avançar", disse o autarca. Sobre este grave problema que aflige os praienses, convirá consultar o que o Ambiente Ondas3 publicou até ao momento.

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