sexta-feira, 24 de julho de 2020

Açores: impasse no processo de descontaminação de solos e aquíferos da Terceira


O processo de descontaminação dos solos e aquíferos da Terceira está num impasse, diz António Ventura (PSD), que pediu, sobre este problema, uma audição do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. 
O deputado regional lamenta nada ter sido feito depois da última reunião da Comissão Bilateral Permanente (EUA-Portugal) sobre os trabalhos a desenvolver, no âmbito da descontaminação total dos solos e aquíferos da Terceira. 
Recentemente, António Ventura questionou a Guarda Nacional Republicana sobre a investigação a um derrame de combustível no pipeline do Cabrito, que ocorreu em 2016, na freguesia de São Brás. Para o deputado do PSD, essa ocorrência foi ocultada da população pelos governos da Região e da República, naquilo que “foi, e continua a ser, um ato de negligência do Estado”. Diário Insular 23jul2020.

Este é um novelo muito complicado que envolve contaminação de solos provocados pela manutenção deficiente de resíduos perigosos na base das Lajes à responsabilidade das forças norte-americanas lá estacionadas. Valerá a pena consultar este blogue para contextualizar o problema grave para o ambiente local e para a saúde das pessoas que vivem na vizinhança:

1 comentário:

OLima disse...

«Deixámos passar alguns dias para mastigar a "Declaração Conjunta" que saiu da 43a Comissäo Bilateral Permanente, ao abrigo do Acordo das Lajes que reuniu 4a feira, por teleconferência, em Washington, Lisboa e Açores. E mastigámos, mastigámos... na esperança que seria desta vez que o texto iria detalhar o que foi ali abordado/decidido, mas, cá nada, em tudo semelhante a tantas outras anteriores, um blá...blá...blá de saudações, elogios, sublinhado da importância, sinalização, reconhecimento do empenho, expressão da vontade, apresentade informação, etc. (…) Quando se afirma que há pouca transparência no processo de descontaminação dos solos e aquíferos da
Terceira provocada por décadas de utilização por parte dos norte-
americanos, é disto que estamos a falar: não há escrutínio público acerca do que já foi feito, do que está a ser feito e do que falta fazer. (…) Mas o mal é da parte portuguesa que não só devia exigir mais da reunião em causa, como seria sua obrigação monitorar o que está a ser feito e informar o público dos passos dados. Não foi criado um grupo de trabalho e celebrado um contrato para triagem dessa informação? Que é feito desse trabalho? Ou será que, apostando nos brandos costumes dos terceirenses, deixa-se alguns refilar um pouco, não se lhes dá troco, que, entretanto, o assunto amolece e acaba, mesmo, por esquecer?» Editorial do Diário Insular de 24jul2020.