terça-feira, 28 de julho de 2020

Bico calado

  • «(…) Precisávamos do dinheiro? Claro que sim, mas não a este preço. O princípio de que quem paga manda é uma receita para o desastre, vai alimentar o populismo, tornar indiferente em quem se vota, erodindo a democracia, e, se há lição que se possa tirar da História, é que dá sempre torto mais tarde ou mais cedo. Os novos estrangeirados que nos governam nunca levantarão um dedo, como se viu com a história dos corredores turísticos, em que temos que aceitar que a Espanha ou o Reino Unido possam ser “seguros” e o Algarve ou o Douro não, sendo que Portugal tem instrumentos para defender os seus interesses mas não os usa. Por exemplo, os acordos finais com o Reino Unido dependem dos votos dos países da União Europeia. Uma coisa é ser pequeno e fraco e outra é ser subserviente. (…)» José Pacheco Pereira, A cornucópia da abundância – Público 25jul2020
  • A Revista Visão da semana passada revela os resultados de mais uma investigação ao Chega. A Esquerda, do BE, faz o resumo, que pode ser acedido aqui.
  • O patrão da Tesla, Elon Mush, foi no mínimo cínico e cruel ao escrever no Twitter que apoiaria todo e qualquer golpe de estado que servisse os seus interesses. O menino rico é tão estúpido que ainda não aprendeu que não se brinca com coisas sérias. Ou não estaria a brincar a propósito do terceiro golpe de estado na Bolívia apoiado pelo regime do gigante a norte?
  • Murder on the Middle Passage, de Nicholas Rogers, desmistifica o alegado papel dos ingleses na luta pela abolição da escravatura. A substância da crítica de Michael Taylor é suficientemente eloquente em pormenores de bradar aos céus. Muito se aprende nesta crónica acerca de um navio negreiro, baseado em Bristol e comandado por um facínora de nome John Kimber com poderes suficientes para controlar as votações de um tribunal. 
  • Um artigo na revista NYTimes de domingo, 18 de julho, conta-nos como a CIA ajudou a cozinhar as evidências para invadir o Iraque e por que Colin Powell deveria ter-se demitido em vez de cavalgar essa aventura.
  • O Estado comprou o silêncio de uma amante do rei Juan Carlos com 3 milhões de euros de dinheiro público, titula a Extremadura Progressista.

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