terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

ONU: A degradação dos solos e a redução da biodiversidade ameaçam a segurança alimentar humana


  • Um indivíduo passeia na praia de Lendas, em Creta. Vê uma tartaruga asfixiando, enredada em resíduos de rede de pesca. Com um canivete corta fios e liberta a tartaruga, que prossegue viagem. Greek Reporter. Video.
  • Cidadãos desfilaram em 44 cidades russas, de Kazan a Chelyabinsk e de São Petersburgo a Krasnoyarsk, para apoiarem os protestos em Shies contra um aterro para a deposição dos resíduos da região de Moscovo para o qual não houve licenciamento. A lei que obrigava cada região a ter a sua própria operadora de resíduos foi alterada, o que exigiu a construção de 11 novos aterros. No ano passado, o governador regional Igor Orlov pediu um referendo sobre o lixo e indicou que a empresa “EcoCenter” seria a operadora local. A EcoCenter pertence ao grupo “Cidade Limpa”, envolvida numa série de escândalos na região de Volgogrado, onde alguns funcionários públicos foram acusados de aceitar suborno para escolher a operadora regional de resíduos. Ainda decorriam as reuniões públicas e as obras já tinham avançado. A votação acabou por ser uma farsa com a região arrebanhando estudantes uzbeques para promoverem o projeto nas redes sociais. A população local conseguiu anular o voto devido à evidente fraude eleitoral. Apesar disso, o projeto avançou, sem acordo local, documentação ou licenças legais. Para piorar a situação, o lixo local deixou de ser recolhido. The Barents Observer.
  • 30 mil litros de água foram roubados de um icebergue em Port Union, na província de Terranova e Labrador, informa a polícia canadiana, que calcula o valor do roubo entre6 e 8 mil euros. A água é de rara pureza e é vendida a clientes gourmet, sendo também usada no fabrico de ce3rveja e cosméticos. El País.
  • A britânica Skanreg atua como posto avançado formal de um pequeno paraíso fiscal caribenho e facilita um dos negócios mais mortíferos do mundo - o abate de navios tóxicos nas praias do sul da Ásia como o Bangladesh, a Índia e o Paquistão, cobrando taxas lucrativas para o registro de navios. The Independent.
  • Uma tribo colombiana Siona pede ação contra os graves problemas de saúde causados pela água do rio Piñuña Blanco (afluente do Putumayo, que desagua no Amazonas) contaminada pela petrolífera britânica Amerisur Resources que opera na região. A licença para despejar efluentes da exploração no Mansoya, que desagua no Piñuña Blanco, foi concedida pelo Ministério do Ambiente da Colômbia em 2009. The Guardian.
  • Centenas de indígenas manifestaram-se no leste da Índia para protestar contra uma ordem de despejo de mais de um milhão de famílias acusadas de invadir e ocupar terras de florestas. Diz-se que os governos federal e estadual distribuíram terras durante décadas aos povos indígenas e cederam à pressão das mineradoras nos estados de Odisha, Jharkhand e Chhattisgarh. Estes três estados albergaram uma rebelião maoísta ou naxalita, que combateu as forças de segurança por terras e recursos minerais em áreas de floresta virgem. Reuters.
  • O primeiro estudo da ONU sobre os sistemas naturais que sustentam a dieta humana, concluiu que a diminuição da biodiversidade está a afetar a capacidade da Terra de produzir alimentos. A nossa comida, diz, está sob “ameaça severa”. O relatório conclui que 20% da superfície da Terra com vegetação tornou-se menos produtiva, e o que está a crescer nela está perto de ser eliminado. O relatório relembra a fome da batata na Irlanda e a quebra de colheita de cereais nos EUA no século XX, e prevê situações semelhantes no suturo. Via The Guardian.

Sem comentários: