Incineração: Avaler pressiona eurodeputados para votarem contra proposta de redução da queima de lixos
- Prossegue a reabilitação das margens dos rios Águeda e
Alfusqueiro. Os trabalhos decorrem no âmbito do LIFE Águeda – Ações de
Conservação e Gestão para Peixes Migradores da Bacia Hidrográfica do Vouga, um
projeto do município tendo em vista a reabilitação das zonas ribeirinhas,
nomeadamente trabalhos de limpeza em ambas as margens dos rios, desde os (rio
Alfusqueiro) e presa da Carvalha (Redonda) até Águeda. Estão a ser realizadas
podas de formação a plantas de espécies nativas e removidos espécimes que estejam
doentes. A intervenção passa pelo controlo de plantas exóticas invasoras,
nomeadamente as que pertencem ao género das acácias (mimosa,
acácia-australiana, acácia-de-espigas e outras), cana, tintureira,
espanta-lobos e robínia. Vão ser plantadas mais de 7.000 árvores e arbustos de
espécies autóctones de zonas ribeirinhas, para além de serem implementadas
algumas técnicas de engenharia natural (muros e enrocamento vivo, bem como
estacaria, com recurso a espécies e exemplares locais) para a estabilização de
margens e adensamento da vegetação. Notícias de Aveiro.
- Uma petição subscrita por mais de dois mil cidadãos tenta impedir a
destruição do Jardim de Sophia (à Praça da Galiza) e o abate de 503 sobreiros
em Gaia na construção das linhas Rosa e Amarela da Metro do Porto. Os
signatários denunciam o incumprimento da Declaração de Impacte Ambiental pela
Metro do Porto e exigem alternativas mais baratas e com menores prejuízos
ambientais.
- A Avaler, associação das empresas portuguesas que exploram unidades
de incineração de resíduos urbanos, recusa ver limitada a capacidade nacional
de queima de lixo, tendo, para tal, instado os eurodeputados portugueses a
votarem contra a proposta de redução da queima de lixos em incineradoras. Dizem
que votar contra a incineração só beneficia os países do Norte da Europa, onde
dizem haver capacidade excedentária instalada. Receia-se que, ao promover as incineradoras se venha a queimar mais
lixo, o que prejudicaria os esforços de reciclagem e de reintrodução de
matérias-primas no mercado, defraudando a urgente necessidade de diminuir a
extracção de novos recursos. Não é por acaso que o movimento ambiental critica
a política de gestão de resíduos portuguesa — que beneficia a valorização
energética de duas maneiras: com um desconto de 75% na taxa de gestão de
resíduos a pagar por cada tonelada de lixo queimado; e com uma bonificação no
preço pago a estas empresas pela electricidade que produzem. Abel Coentrão,
Público 8fev2021.
- A Zero e a Troca — Plataforma por um Comércio
Internacional Justo, lançaram uma petição apelando ao governo que promova, junto da Comissão
Europeia, uma saída coordenada dos Estados-membros do Tratado da Carta da
Energia (TCE), que a própria Comissão Europeia considera ultrapassado e
incompatível com o Acordo de Paris. O tratato permite que as empresas
petrolíferas, de gás e de carvão a processem os Estados signatários do Tratado
num sistema de justiça privada, quando estes tomam medidas em prol do clima que
possam afectar as suas expectativas de lucros. Aliás, 428 cientistas e líderes
climáticos e ainda Federação Europeia para as Energias Renováveis tinham
apelado aos Estados signatários do Tratado da Carta da Energia que se
retirassem do TCE, por se tratar de um importante obstáculo a uma transição
energética que evita a dependência dos combustíveis fósseis. Abel Coentrão, Público 8fev2021.
- A Direcção Regional de Cultura do Centro participou à GNR
a destruição de um sítio arqueológico em Vila Velha de Ródão onde se localizava
uma antiga mina romana após o plantio de eucaliptos no local. Abel Coentrão, Público 8fev2021. Refira-se que a Câmara Municipal de Vila Velha do Ródão
não tem nenhum arqueólogo ao serviço. O município tem 400 sítios identificados.
- O Governo vai avançar com avaliação de impacto ambiental para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de lítio em oito áreas, em vez das 11 que tinham sido consideradas na lista inicial: serra d'Arga; Barro/Alvão; Seixo/Vieira; Almendra; Barca d'Alva/Canhão; Guarda; Segura e Maçoeira e nos três lugares com contratos já anunciados - serra da Argemela, Montalegre, Covas do Barroso/Boticas. Diário da República. Via O Minho.
- Alok Sharma, presidente da cimeira do Clima em Glasgow, em novembro, está
a ser pressionado para se demitir por estar a pactuar com o licenciamento de
uma mina de carvão em Cumbria. Apesar disso, conta com o apoio da ministra da Energia, Anne-MarieTrevelyan, para quem o carvão extraído da mina será aplicado na
indústria de aço de que o Reino Unido precisa por razões de segrança nacional. «Como podemos exigir à China e à Rússia para que reduzam
as suas emissões quando estamos a abrir mais uma mina de carvão? Permitir isso fará
cair uma espessa camada de pó de carvão sobre a presidência do Reino Unido numa
importante cimeira climática», escreve Nada Farhoud. Fontes: BBC, The Telegraph e Daily Mirror.
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