Andre Dib/WWF
- O líder parlamentar do PCP defendeu a criação de linhas de apoio direto aos agricultores para a construção de pequenas barragens para fazer face à escassez de água. Segundo João Oliveira, a construção de pequenas barragens permitiria «reter à superfície a água da pouca chuva que cai, pelo menos, para o abeberamento do gado e rega de culturas que ainda possam ser salvas». RTP. Ainda não percebi por que motivo não é o PVE (Partido Ecologista Os Verdes) a assumir as posições do PC sobre questões ambientais. Mas independentemente disso, a medida proposta poderá trazer benefícios diretos para os criadores de gado e provocar sérios impactos à sustentabilidade de ecossistemas e habitats. Os dinheiros públicos injetados no projeto poderão beneficiar um segmento da agropecuária e alimentar a falsa sensação de que as bacias criadas são de uso privilegiado e exclusivo de alguns, que poderão vê-las como espaços privados. Se a necessidade de água é tanta assim, não poderão os agricultores, nas suas próprias terras, construir poças de retenção da água das chuvas?
- «A não ter havido “malandrice” por parte da empresa do grupo Altri, com a alteração à Licença Ambiental ocorrida em maio de 2016, apesar dos relatos de poluição no rio Tejo desde 2015, só se pode concluir pelo incumprimento de obrigações fundamentais por parte do Governo», escreve a Acréscimo. É impressão minha, ou a Acréscimo prepara-se para embalar num assalto ao Estado através de tribunais, à boa moda americana?
- «A Inspeção-geral do Ambiente, Mar e Ordenamento do Território (IGAMAOT) deparou-se com dificuldades inéditas na recolha de amostras de água à saída da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Celtejo, e foi preciso por inspetores no local para recolherem as amostras à mão de hora a hora, durante 24 horas seguidas, porque nos dias anteriores quando chegavam ao coletor de recolha automática não havia água suficiente para serem feitas análises. O Ministério Público está a investigar. No dia 26 de janeiro, na sequência da poluição visível junto ao açude de Abrantes, a IGAMAOT colocou coletores em condutas de pelo menos três ETAR de fábricas localizadas em Vila Velha de Ródão, a montante de Abrantes, para recolher de forma automática de hora a hora, durante 24 horas, amostras de água para análise. Um desses coletores foi colocado na conduta da fábrica de pasta de eucalipto Celtejo, empresa do Grupo Altri. No dia seguinte, quando os inspetores chegaram ao local para irem buscar as amostras, os recipientes estavam praticamente vazios. Voltou a suceder o mesmo mais duas vezes. Tendo chegado a mudar o equipamento e verificado que o mesmo não tinha qualquer problema, e depois de solicitar ao Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR que ficasse a vigiar, a Inspeção decidiu por inspetores no local a fazerem as recolhas à mão, e só assim foi possível recolher as amostras de hora a hora, durante 24 horas, como exige a lei. As amostras recolhidas na Celtejo acabaram por só ser enviadas para o laboratório na quarta-feira passada, uma semana após o surgimento de espuma no açude de Abrantes. No mesmo dia, a Celtejo, que tem negado qualquer responsabilidade na poluição do rio, convidou os jornalistas para conhecerem a nova ETAR da empresa. Fonte ligada ao processo disse ainda à SIC que a situação é muito suspeita e que não descarta a hipótese de a ação das autoridades ambientais, na recolha de elementos de prova fundamentais para se chegar ao responsável ou responsáveis pela poluição no Tejo, ter sido boicotada.» SIC.
- Em pleno areal da Praia do Peneco (Albufeira, Algarve) está a ser construído um restaurante que está a revoltar a população. As estruturas de cimento estão à vista de todos e estão a ser enterradas num grande buraco em pleno areal. Os locais temem que a praia nunca mais tenha o seu aspeto marinho e que a construção não dure mais de dois ou três anos uma vez que está muito próxima da linha de água. Aliás, o antigo apoio de praia ali existente foi destruído por um temporal em fevereiro de 2001. ST.
- A pequena localidade de Osceola Township, no Michigan, contesta a pretensão da Nestlé uma estação de bombeamento de água para a transportar para uma doca de carga em Evart, uma pequena cidade dos arredores. A Nestlé quer bombear 400 litros de água por minuto, muito mais do que os 250 atuais. A maioria da população considera que a cidade está a ser fortemente explorada, uma vez que a Nestlé só lhes paga 200 dólares por ano para extrair toda a água de que precisa (mais de 590 milhões de litros por ano) para a sua fábrica de engarrafamento. A mukltinacional alega que investe 18 milhões anualmente no Michigan, nomeadamente 2,4 milhões em postos e que emprega 280 pessoas na sua fábrica de Mecosta County. Terra Daily.
- Esmond Bradley Martin, um dos investigadores do comércio de animais selvagens mais conhecidos do mundo, foi encontrado morto na sua casa em Nairobi, no Quénia. Ignora-se o motivo do crime, embora se especule acerca da relação com a sua atividade. De facto, muitas pessoas que se esforçaram por acabar com a caça furtiva da vida selvagem foram assassinadas nos últimos anos, incluindo Wayne Lotter, um conservacionista de elefantes na Tanzânia. Além disso, muitos agentes anti-caça furtiva em parques nacionais foram mortos no cumprimento do dever - mais de 150 durante a última década no Parque Nacional Virunga da República Democrática do Congo e 21 no Parque Nacional Garamba. NG.
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