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quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Semana Europeia da Mobilidade: municípios cada vez mais indiferentes
A Zero denuncia o crescente desinteresse dos municípios
portugueses por iniciativas como a Semana Europeia da Mobilidade e a cada vez
maior dificuldade em reduzir a circulação automóvel no centro das cidades. Os ambientalistas exigem planos de mobilidade urbana verdadeiros e obrigatórios,
diferentes dos que têm sido concretizados e que visam sacar dinheiro a fundos
europeus mas ineficientes porque alheios às reais necessidades dos cidadãos e
do Ambiente.
Todos os altos políticos, funcionários públicos e
negociadores que representarão o Reino Unido nas negociações sobre o clima da
COP26 da ONU em 2021 são homens, sublinha o Guardian, uma opção que diz «desrespeitar
as normas internacionais e irritar ativistas e observadores». A ex-presidente
da Irlanda, Mary Robinson, duas vezes enviada da ONU para questões climáticas,
disse: «Isso diminui o impacto [que o Reino Unido poderia ter]. As divisões de
género no clima são muito significativas. Ter mulheres na liderança é
importante para garantir que essas questões sejam abordadas com entusiasmo».
Muna Suleiman, ativista da Friends of the Earth, afirmou: «Mulheres e crianças
têm 14 vezes mais probabilidade do que os homens de sofrer impactos diretos de
desastres naturais e alterações climáticas, mas são regularmente excluídas da
tomada de decisões que deveriam mudar as coisas.» Fiona Harvey ,
The Guardian.
Ativistas da Greenpeace criaram uma enorme área protegida
no Mar do Norte - Dogger Bank. Tudo porque o governo britânico permite práticas
pesqueiras destruidoras do fundo dos mares. Estão a colocando pedregulhos
naturais em Dogger Bank para impedir que os arrastões destruam a vida no fundo do
mar. FB.
A criação de uma «Casa da Ciência e dos Media» inspirada
no modelo britânico Science Media Center, criticada pelas suas simpatias pró-indústria,
está incluída no projeto de lei de programação de investigação, agora apresentado à
Assembleia Nacional de França. Stéphane Foucart e Stéphane
Horel, Le Monde.
A cidade de Flint, no Michigan, viola novamente a Lei de
Água Potável Segura por não conseguir recolher suficientes amostras válidas,
acusa o departamento do Ambiente, Grandes Lagos e Energia. A multa prevista de
mil dólares por cada dia de atraso na apresentação dos dados solicitados foi
perdoada tendo em conta o impacto da pandemia COVID-19. Ron Fonger,Michigan Live.
Cheira mal, sabe mal: como os norte-americanos deixaram
de confiar na sua própria água.Nina Lakhani,
The Guardian.
O Facebook suspendeu as contas de várias organizações
ambientais menos de uma semana depois de lançar uma iniciativa para
alegadamente conter uma vaga de desinformação sobre a ciência do clima na
plataforma. Grupos como Greenpeace USA, Climate Hawks Vote e Rainforest
Action Network foram alguns dos alvos dos zelotas. Ativistas dizem que centenas
de outras contas individuais ligadas a grupos indígenas, climáticos e de
justiça social também foram suspensas por uma suposta «violação de direitos de
propriedade intelectual». As pessoas e grupos suspensos estiveram envolvidos num
evento do Facebook em maio de 2019 que tinha como alvo a KKR & Co, uma
empresa de investimentos dos EUA que apoia o gasoduto Coastal GasLink, um projeto
de gás de 670 km de extensão a ser construído no norte da Colúmbia Britânica,
Canadá. As suspensões, um dia antes de outra ação online dirigida
à KKR & Co, enfureceu ativistas que se opõem ao gasoduto devido ao impacto
climático e por cortar a terra dos Wetʼsuwetʼen, um povo índio. «Vídeos de
violência extrema, visualizações de extrema direita e apelos à violência por
milícias em Kenosha, Wisconsin, podem continuar ativos no Facebook», disse
Delee Nikal, um membro da comunidade Wet’suwet’en. «Pelo contrário, somos
banidos e recebemos ameaças de remoção permanente, por postar uma petição
online.» Muitas das contas já foram restauradas. A desculpa
esfarrapada foi a seguinte: «Os nossos sistemas removeram por engano essas
contas e o seu conteúdo. Foram, entretanto restaurados e levantamos todos os
limites impostos aos perfis identificados.» Oliver Milman,
The Guardian.
O ministro do Ambiente da Tailândia, Varawut Silpa-archa,
ficou tão farto do lixo descartado no Parque Nacional Khao Yai que jurou
encontrar os culpados. Quando as redes sociais e os detetives descobriram o
grupo culpado, funcionários do governo enviaram-lhes uma caixa cheia com o lixo
que haviam abandonado.Tiffany May,
NYTimes.
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