quarta-feira, 17 de junho de 2020

Espanha: ambientalistas apoiam cidadãos de Cáceres contra mina de lítio

  • Cerca de 30 mil toneladas das escórias de alumínio da antiga Metalimex, em Setúbal, que deveriam ter sido enviadas para a Alemanha nos anos 90, devido à sua perigosidade, estão ainda, 22 anos depois, no Vale da Rosa, perto do Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal e a cerca de um quilómetro das instalações da antiga empresa. Em 1991, a Metalimex importara os resíduos sem ter condições adequadas para a sua reciclagem e armazenamento, quando não tinha ainda a unidade industrial preparada para o efeito, tendo o último carregamento para Setúbal coincidido com a entrada em vigor da legislação nacional sobre o transporte transfronteiriço de resíduos perigosos. Anteriormente, membros da Greenpeace tinham bloqueado a entrada da empresa suíça produtora dos resíduos — a Refonda SA, em Niederglatt, perto de Zurique — exigindo o seu encerramento preventivo. A Greenpeace acusava a Refonda de exportar resíduos perigosos para Portugal, Grã-Bretanha e Noruega e de emitir substâncias tóxicas em Niederglatt. Não é a primeira vez que se descobre que houve deposição de escórias da Metalimex em locais proibidos. Em 1992 foi encontrada uma grande quantidade numa pedreira abandonada, na serra de S. Luís, no perímetro do Parque Natural da Arrábida. Mais uma trapalhada ambiental reportada pelo Público de 16jun2020.

  • «No Pinhal Interior, a empresa de águas divide os municípios. A Apin nasceu para gerir águas de 11 concelhos. Os preços para os munícipes aumentaram e Penacova pediu para sair. Tudo bem, dizem as autarquias que ficam, desde que pague uma indemnização». Camilo Soldado, no Público de 16jun2020.
  • 134 organizações locais e ambientais da Espanha e de todo o mundo expressaram o seu apoio aos cidadãos de Cáceres, Espanha, e seu direito de dizer não ao projeto de lítio San José de Valdeflórez da Infinity Lithium. A Infinity Lithium, uma empresa de mineração australiana, quer extrair lítio de uma mina a céu aberto, a apenas 800 m do centro histórico de Cáceres - uma cidade reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO que depende muito do turismo e da beleza natural da região para sua prosperidade. O projeto de mineração recebeu apoio financeiro da InnoEnergy - uma empresa apoiada pela União Europeia - em março de 2020, apesar da crescente oposição pública de cidadãos organizados na Plataforma Salvemos a Montanha de Cáceres (Plataforma Salvemos la Montaña de Cáceres). Na carta ao Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, as 134 organizações exigem que a UE retire todo o apoio financeiro e promocional ao projeto de lítio de San José de Valdeflórez. Sublinham que a União Europeia não deve apoiar uma mina que não possui as permissões necessárias para avançar, é proibida pelo próprio Plano Geral de Desenvolvimento Urbano de Cáceres e que enfrenta grande oposição entre os moradores de Cáceres, incluindo o presidente da Câmara da cidade, Luis Salaya. Hannibal Rhoades, in The Ecologist.
  • Mais de 300 mil alemães subscreveram um abaixo-assinado da Campact exigindo às três maiores redes de supermercado do país, Lidl, Edeka e Aldi Nord -, que não vendam produtos brasileiros em protesto contra a escalada da desflorestação na Amazónia. ClimaInfo.
  • Mais de uma década depois de um poço de água ter explodido em Dimock, no nordeste da Pensilvânia, o estado da Pensilvânia apresentou acusações criminais contra a empresa que, segundo eles, causou a explosão. O procurador-geral Josh Shapiro vai avançar com 15 acusações criminais contra a Cabot Oil and Gas, sedeada em Houston, responsável por indiferença e persistência na violação de legislação ambiental relacionada com a prática de fraturação hidráulica para extração de gás e petróleo. Susan Phillips, in State Impact/NPR.
  • A HAGL, uma gigante do agronegócio vietnamita é acusada de ter desmatado ilegalmente terras no Camboja, destinadas a comunidades indígenas locais, escreve Michael Tatarski in Mongabay.

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