terça-feira, 11 de dezembro de 2018

José Mendes: biocombustíveis vão descarbonizar transportes até 2050

  • Portugal vai utilizar tanto a eletromobilidade como os biocombustíveis para descarbonizar o seu sector de transportes até 2050, diz José Mendes, secretário de Estado português para a mobilidade, ambiente e energia, reporta a EURActiv. «Eletricidade e biocombustíveis necessários em conjunto para atingir as metas climáticas», diz relatório da ONU, segundo o EURActiv. Esta gente gosta de andar em contraciclo. Em setembro de 2012, a EU disse que ia impor um limite ao uso de biocombustíveis por se terem revelado muito menos amigos do Ambiente do que se previa e prejudicar a produção de alimentos. Na altura, vários estudos tinham concluído que a sede de biocombustíveis provocava a fome na Guatemala enquanto durava a conquista de terras por parte das grandes corporações, segundo Elisabeth Rosenthal no NYTimes de 5 de janeiro de 2013. Mais pormenores sobre O lado negro da economia verde, (reler) sumário de texto da Yes Magazine, publicado por este blogue em 5nov2012.
  • A ribeira que atravessa Dardavaz, no concelho de Tondela, está contaminada. Os vizinhos queixam-se desde 2015 dos maus cheiros que, garantem, têm origem nas descargas feitas pela ETAR da Zona Industrial da Adiça. Os responsáveis dizem que a ETAR funciona dentro dos parâmetros legais e que a espuma forma-se com a água a bater nas pedras ao longo de alguns troços. Jornal do Centro.
  • Na Cimeira do Clima na Polónia, os EUA, a Rússia, a Arábia Saudita e o Kuwait vetaram a introdução das conclusões de um relatório do IPCC alertando para a necessidade de tomar medidas sérias para atacar os impactos negativos das alterações climáticas e fazer baixar as temperaturas drasticamente. BBC. Entretanto, David Hone, um dos diretores da Shell, gabou-se da sua companhia ter influenciado o acordo de Paris. O Artigo 6, a cláusula segundo a qual a Shell assume responsabilidade, descreve os mercados de carbono como uma das principais maneiras pelas quais as empresas petrolíferas e outros grandes poluidores podem controlar as suas emissões, permitindo comprar créditos para reduções de emissões em outros lugares, em vez de apenas reduzi-los diretamente. No entanto, tem-se provado que tais sistemas não reduzem os impactos locais da extração. The Intercept.
  • Vestígios de 29 pesticidas detetados em dois rios ingleses, o Otter e o Tale, no sudoeste do país. Unearthed.
  • O número de inspeções no terreno por parte do ministério do Ambiente britânico diminuiu em mais de um terço nos últimos quatro anos. Cortes orçamentais e redução de 20% no pessoal são as causas apontadas. Unearthed.
  • Cientistas da Universidade de Tecnologia de Chalmers, na Suécia, estão a desenvolver um combustível líquido que pode armazenar energia solar durante 18 anos. O produto poderá estar disponível para uso comercial dentro de 10 anos. EcoInventos.
  • Milhões de baratas estão a ser usadas em várias localidades chinesas para reciclarem restos de comida. Os benefícios parecem ser múltiplos: reduz-se o volume de resíduos despejados em aterros e produz-se matéria prima para suiniculturas, aquaculturas e indústria farmacêutica. Reuters.

1 comentário:

OLima disse...

O Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), com o qual Gore partilhou o Nobel, foi "insultado pelos governos dos Estados Unidos, da Arábia Saudita e da Rússia", declarou o ex-responsável democrata durante um discurso no Forum do Prémio Nobel da Paz, em Oslo.

Na COP24, que decorre em Katowice, sul da Polónia, os Estados Unidos, a Arábia Saudita, a Rússia e também o Kuwait, defenderam este fim de semana que as delegações "tomem nota" do mais recente relatório do IPCC, que alerta para a necessidade de ação urgente na redução de emissões de gases com efeito de estufa, mas sem o endossarem.

Os Estados insulares, apoiados pela União Europeia e pelos países menos desenvolvidos, insistiram que a assembleia "acolha favoravelmente o texto".

Segundo o relatório, é preciso reduzir cerca de 50% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030, em relação a 2010, se o mundo quiser limitar o aquecimento global a 1,5 graus acima dos valores médios da era pré-industrial, limite acima do qual é tido como certo que eventos meteorológicos extremos se tornarão frequentes e cada vez mais violentos.

"Para os três maiores produtores de hidrocarbonetos do planeta, foi, por assim dizer, perturbador receber favoravelmente os factos científicos", ironizou Gore, autor do documentário "Uma Verdade Inconveniente" sobre as alterações climáticas.

Em 2007, o comité Nobel norueguês distinguiu Gore e o IPCC "pelos esforços na recolha e divulgação do conhecimento sobre as alterações climáticas provocadas pelo homem e por fundamentarem as medidas necessárias na luta contra o aquecimento".
https://www.rtp.pt/noticias/ambiente/ambiente-al-gore-considera-insultuosa-a-posicao-dos-eua_n1116681