Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
Bico calado
«(…) Um político que, depois de deixar a Câmara de Poiares num estado financeiro que, num país mais exigente, levaria à extinção do minúsculo município, consegue, depois de a lei o impedir de recandidatar-se à presidência da autarquia, tornar-se presidente da Liga dos Bombeiros e chantagear o Governo. Até mudou de nome, passando de Jaime Soares a Dr. Marta Soares. Se um ministro chamasse aos bombeiros o que o militante do PSD, com linguagem das claques de futebol, chama a governantes, seria obrigado a demitir-se. Consegue ser mais indelicado que a Dr.ª Cristas na AR a dirigir-se ao PM. Um político nunca é honesto nem competente, mas o bombeiro é sempre abnegado, apto e incapaz de ter negócios na área do combate aos incêndios ou do transporte de doentes. Nunca se move por interesses pessoais, só o bem público o determina e a vida humana, ao contrário dos políticos, é a sua única motivação. Em Portugal, a divisão administrativa e o número de autarquias permitiam administrar um país com a dimensão e a população da França; as Juntas de Freguesia já são um alvo apetecível para a promoção social, política, financeira e, quiçá, da agência de empregos. Ordens, IPSSs, Fundações, ONGs, Misericórdias, Comissões Fabriqueiras paroquiais, Associações de utilidade pública, Ligas, etc., etc., vivem da isenção de impostos e/ou de subsídios do Estado. Deve haver poucos países onde a generosidade seja tão grande e tão bem remunerada. Paulatinamente, as corporações conquistam o espaço do Estado. Em Portugal, os lucros querem-se privados e os prejuízos públicos.» Carlos Esperança, FB.
«(…) A revolta em França começa porque Macrón decide, depois de acabar com o imposto sobre as grandes fortunas, aumentar o preço dos combustíveis e chamou a isso “salvar o planeta”, economia “verde”. Ou seja, substituir impostos justos sobre a riqueza por impostos sobre o consumo, que afectam o custo de vida. Nas cidades pequenas é impossível viver sem carro, até para comprar comida. É evidente que uma política ecológica constrói transportes públicos, não patrocina mais carros, eléctricos ou não. Como é evidente que uma politica ecológica não taxa a entrada de carros nas grandes cidades, proíbe-os. Se taxar está a dizer que só os ricos entram. Se fizer transportes públicos e proibir a circulação está a dizer todos entram. E, como dizem e bem os coletes amarelos, até que nos dêem soluções alternativas reais queremos o carro, a gasolina e entrar nas cidades. Têm toda a razão.(…)» Raquel Varela, FB.
«(…) Os governos da União Europeia acabam de tomar uma medida há muito pretendida por Israel, que é, no fundo, dificultar ou mesmo criminalizar, se necessário, as críticas contra o comportamento do regime sionista, que pretende, abusivamente, representar os judeus de todo o mundo; e que se esforça – agora com êxito – para que as críticas ao sionismo sejam consideradas manifestação de anti-semitismo. Os governos da União não apenas instauram uma censura para proteger Israel como faltam ao respeito aos judeus que não são sionistas, ou mesmo aos judeus que, sendo sionistas, não se revêem nas práticas do governo israelita. Como, por exemplo, 34 historiadores judeus das Universidades de Yale (Estados Unidos) e Telavive que, em carta aberta, advertem que uma medida como a da União Europeia pode “dar imunidade a Israel contra as críticas por violações graves e generalizadas dos direitos humanos e do direito internacional” e “tem um efeito negativo sobre qualquer crítica a Israel”. Na óptica dos governos europeus, os autores destas linhas são anti-semitas, mesmo sendo judeus.(…) » José Goulão, in O Lado Oculto.
O primeiro pacto global do mundo sobre como lidar com a migração foi adotado por 164 países numa conferência em Marraquexe, Marrocos. Não assinaram o pacto: Áustria, República Checa, Itália, Hungria, Polónia, Letónia e Eslováquia. EUObserver.
O Pentágono não faturou a coligação Arábia Saudita-Emirados Árabes Unidos pelo reabastecimento dos aviões envolvidos nos bombardeamentos no Iémen. Como resultado desta inexplicável doação, os contribuintes norte-americanos deverão ter de pagar dezenas de milhões de dólares por essa campanha de bombardeamento da coligação no Iêmen, que tem como alvo escolas e hospitais, casamentos, funerais e até um autocarro escolar. MP.
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