Um caixote de lixo flutuante está a ser testado em rios ingleses. Consegue recolher mais de um quilo de plástico, cerca de 80 mil sacos de plástico por dia.
- A poluição, aliada cada vez mais à seca, está a afetar a atividade piscatória no rio Tejo, originando o desaparecimento ou a escassez de peixes como a enguia ou o linguado. DN.
- A despesa total consolidada do Ministério do Ambiente vai ascender a 2142,2 milhões de euros em 2018, um aumento de 923,6 milhões de euros (+75,8%) em relação à estimativa de execução prevista para o final de 2017. Este crescimento é justificado com o pagamento dos contratos swap celebrados pelo Metropolitana de Lisboa, Metro do Porto, Sociedade Transportes Coletivos do Porto e a Carris – no final de 2016 o valor em dívida era de 317,6 milhões. O ministério destaca ainda o acréscimo da despesa relativa à reabilitação do parque habitacional e às transferências para as empresas públicas reclassificadas, em particular no setor dos transportes (332 milhões de euros). As receitas consignadas geradas pelo imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) e adicional ao ISP também aumentam 8,5 milhões (+33,3%). Estas verbas destinam-se a apoiar a expansão das redes do metro de Lisboa e do Porto. O ministério vai ainda ajudar os municípios na resolução do problema das dívidas aos sistemas de água e saneamento, através de um empréstimo ao BEI com um prazo máximo de 25 anos, no valor de 200 milhões de euros. DV.
- As florestas continuam a desaparecer em Moçambique, apesar de há 7 anos ter sido lançado um projeto de fundo para contrariar a desflorestação. Jordão Matimula, responsável da Associação Nacional de Extensão Rural, diz que a corrupção e o envolvimento das elites políticas na exploração de florestas vai continuar a adiar o reflorestamento no país. DW.
- A Luminant, filial da Vistra anunciou o encerramento de 2 centrais a carvão no Texas, para além de outra anteriormente prevista. Reuters. O encerramento destas 3 centrais a carvão é irónico se soubermos que a administração Trump acaba de rechaçar a legislação de Obama que favorecia de algum modo o combate às alterações climáticas.
- Cientistas do clima alertaram para o facto de a investigação em geoengenharia poder ser sequestrada pelos negacionistas das alterações climáticas como uma desculpa para nada fazerem para reduzir as emissões de CO2, considerando a administração Trump uma grande ameaça para o seu trabalho. No início de 2017, David Keith, professor de física aplicada em Harvard, anunciou planos para realizar um teste ao ar livre na injeção de aerossol estratosférico, envolvendo o lançamento de um balão de alta altitude que irá pulverizar uma pequena quantidade de partículas reflexivas na estratosfera. Keith acredita que a experiência pode ajudar a medir a viabilidade e os riscos envolvidos na geoengenharia, um termo abrangente para uma série de técnicas para ajustar o clima no sentido de mitigar o aquecimento global. Elas incluem refletir a luz solar do espaço, adicionar grandes quantidades de cal ou ferro nos oceanos, bombear águas profundas e ricas em nutrientes para a superfície dos oceanos e irrigar vastas áreas de deserto para cultivar árvores. Os defensores da investigação em geoengenharia argumentam que suas técnicas poderiam ajudar a diminuir alguns dos impactos das alterações climáticas. No entanto, o bom senso recomenda que as técnicas devem ser utilizadas para além de todo um trabalho de redução das emissões de CO2. «Todas as técnicas que têm sido apresentadas têm impactos ambientais potencialmente severos», sublinha Silvia Ribeiro, do Grupo ETC. Por exemplo, a injeção de aerossol estratosférico, que alguns especialistas dizem poder reduzir a quantidade de chuva das monções asiáticas e africanas, pode ter um impacto devastador no fornecimento de alimentos as biliões de pessoas. A injeção de aerossol também pode reduzir a camada de ozono e aumentar o risco de exposição à radiação ultravioleta. Outros possíveis efeitos colaterais da geoengenharia podem ser o aumento na acidificação dos oceanos, a mudança nos padrões climáticos, o rápido aumento das temperaturas e a sobreexploração dos terrenos agrícolas, o que pode provocar a migração em massa de milhões de refugiados vítimas das alterações climáticas. The Guardian.
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