sábado, 31 de dezembro de 2016

Reflexão - Relatório do Estado do Ambiente: o positivo e o negativo

Montemuro. Foto de Luís Miguel Rodrigues.

Relatório do Estado do Ambiente: o positivo e o negativo,
segundo a Quercus

Pontos positivos e que revelam bom desempenho:
  • Excelente nível de qualidade da água para consumo humano (99% de água segura);
  • Excelente qualidade das águas balneares, com níveis muito próximos de 100%
  • Aumento em 2015, de cerca de 38% de visitantes nas áreas protegidas;
  • Aumento, entre 2010 e 2015, da área agrícola em Modo de Produção Biológico em cerca de 40%;
  • Fluxo de resíduos de embalagens com taxas de reciclagem de 60%, superior ao valor estabelecido (55%).

Pontos negativos e preocupantes:

  • Energia e Clima – As importações de energia em 2015 aumentaram quase 20% face a 2014, enquanto a produção doméstica de energia diminuiu cerca de 10%, o que representa mais dependência externa, mais custos financeiros, assim como impactes ambientais, decorrentes do transporte da energia.
  • Qualidade do ar – registou-se um aumento dos dias com a classificação de “Fraco” e “Mau”, passando estes dias de 2,2%, em 2014, para 2,7% em 2015.
  • Água – O REA confirma que o estado das massas de água superficiais nacionais é medíocre. Com efeito, apenas 53% destas massas de água tem qualidade boa ou superior, o que significa que 47% não apresenta uma qualidade boa.
  • Biodiversidade – O estado de conservação de espécies e habitats naturais protegidos é preocupante, pois, segundo o REA, os estados de conservação “desfavoráveis” prevalecem sobre os “favoráveis”. A pouca vontade política nesta área tem levado a uma falta de investimento na conservação da natureza e das áreas protegidas.
  • Resíduos –cerca de 55% dos resíduos urbanos em Portugal não são devidamente valorizados, acabando em aterro ou incinerados, situação que leva a que Portugal vá ter muitas dificuldades em cumprir com as Metas de Reciclagem a que está obrigado.
  • Riscos Ambientais – Relativamente à erosão costeira, o REA indica que a extensão da costa portuguesa em situação crítica de erosão é de 180 km, resultado de más políticas de ordenamento do território implementadas junto às zonas costeiras.

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