segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Os impactos ambientais dos jogos olímpicos em East London


Esta é a saída da água salgada para o mar, descartada depois de ter sido bombeada e filtrada por osmose invertida para poder ser consumida pela população de Porto Santo. Esta Central Dessanilizadora teve de ser ampliada para poder fornecer mais água ao campo de golfe, que também foi ampliado.
  • Os impactos ambientais dos jogos olímpicos em East London: Quando Londres venceu a corrida para a realização dos jogos em 2012, garantiu-se que estes seriam os jogos mais verdes de todos e concretizar-se-ia a requalificação urbana de East London, nomeadamente nos concelhos de Hackney, Waltham Forest, Newham, Tower Hamlets e Greenwich. As promessas não passaram de puro greenwashing: (1) muitos terrenos baldios perderam-se para a construção do Olympic Park; (2) perderam-se dezenas de planos de ação para a biodiversidade de cada um dos 5 concelhos envolvidos; (3) o Lower Lea Valley, o grande pulmão verde de Londres, um santuário para aves migratórias, foi sacrificado para o velódromo,  a Arena, os centros de informação, parques de estacionamento, pavilhão de andebol, restaurantes e acessos; (4) a requalificação do Prescott Lock e a alteração do nome para Lock 2012 apenas mascara, com os 23 milhões de libras que custou,  a impotência dos responsáveis para terem resolvido os crónicos problemas do tratamento de esgotos locais e que, sendo do tempo da rainha Vitória, fazem com que a ETAR de Bow não consiga impedir a fuga de esgotos não tratados para o rio Lee; (5) resíduos radioativos foram transferidos através de zonas povoadas e uma assembleia de consulta pública descartou-os como inócuos e concedeu apenas 5 minutos a alguns moradores para expressarem as suas preocupações; (6) milhares de toneladas de resíduos radioativos foram enterrados ilegalmente e sem condições mínimas de segurança a 200 metros do estádio principal; (7) já em 2005, um estudo coordenado pela WWF e pela BioRegional tinha concluído que os jogos olímpicos de Londres não seriam nem carbono zero nem resíduos zero, que a energia renovável gerada não cobriria a energia consumida, o que contradizia as garantias de sustentabilidade apresentadas pelas relações públicas dos jogos. Fontes: Corporate Watch e Games Monitor.
  • E que tal um triatlo em New York, com direito a nadar 2,4 milhas no rio Hudson temperado com esgoto não tratado mas que as autoridades, em cima da hora da partida, consideraram livre de perigo? Aconteceu há muito pouco tempo, conta o Huffington Post.

3 comentários:

António Je. Batalha disse...

Olá , seu blog é muito bom, e desde já quero dar-lhe os parabéns, meu nome é: António Batalha, e quero deixar-lhe um convite, se quiser fazer parte de meus amigos virtuais no blog Peregrino E Servo ficarei muito radiante. Claro que irei retribuir seguindo também seu blog.Como sou um homem de Deus deixo-lhe a minha bênção. E que Seja feliz você e sua casa.

OLima disse...

Obrigado pelo comentário e palavras de apreço em relação ao Ondas3.

Anónimo disse...

Olá...

Mas quem é que acredita que algo de SUSTENTÁVEL pode ser realizado quando os Jogos são patrocinados por CORPORAÇÕES tipo Rio Tinto e P&G!?!

CONVERSA DA TRETA... E o resultado está aqui muito bem resumido!

Abraço
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