Metropolis é a história resumida de Charlotte, na Carolina do Norte. A animação sugere a fragilidade do sonho do desenvolvimento perpétuo e a ameaça da escassez de água em cidades cujo modelo de desenvolvimento não salvaguarda os recursos naturais.
- Oliveiras centenárias estão a ser arrancadas do Olival da Pega, Monsaraz, para alegadamente serem exportadas. Quem acode?
- A cerimónia da entrega do Prémio Personalidade do Ano a Eduardo Souto Moura, no Casino do Estoril, foi quebrada por um grupo de pessoas que denunciaram a associação do arquiteto ao crime contra o ambiente e contra o património que é a barragem de Foz-Tua. Gaia.
- Na última década o mar ganhou meio metro por ano à costa na zona da Ribeira Quente. AO. Mas há gente que gosta de ter o mar a seus pés. Que o diga este.
- O consumo de carvão aumentou mais de 38% em Janeiro. Ambiente Online.
- Os onze arguidos do processo Portucale foram absolvidos devido à falta de provas para as acusações de tráfico de influências, falsificação de documentos e abuso de poder. RTP. Pois claro. Estavam à espera de quê, de que apanhassem uma reprimenda como apanhou a velhinha que gamou uma embalagem de queijo de um supermercado!?
- Há quem sugira rebocar um iceberg para fornecer água à Califórnia! Huffington Post.
- Agricultores argentinos processaram a Monsanto por alegada responsabilidade em defeitos de nascença em seus filhos devido a exposição a substâncias químicas incluídas nos fertilizantes comercializados pela gigante dos transgénicos. RT.
- O China Dialogue e o Guardian atribuiram prémios ambientais a 20 jornalistas chineses. China Dialogue.
- Proteger o Ambiente é sinónimo de terrorismo económico, sugere a secreta australiana. Só assim se entende a missão da secreta australiana em espiar os movimentos ambientalistas contra a extração de carvão e a atitude do ministro da Energia e Recursos ao dizer que os ambientalistas representam um grave perigo para os investimentos e para a indústria. The Age.
2 comentários:
Nódoas perenes
Manuel Carvalho
Edição Público Porto
13 de Abril de 2012
Mais de 500 hectares subtraídos ao património do Estado e vendidos, sem concurso, a 78 escudos por m2, despachos de ministros autorizando cortes de sobreiros dias ou horas antes de serem substituídos ou financiamentos partidários de mecenas com identidades tão transparentes como a de um tal Jacinto Leite Capelo Rêgo são insídias que nunca existiram. A Companhia das Lezírias (CL) mantém o seu património, Duarte Silva, Costa Andrade e Nobre Guedes nunca despacharam sobre sobreiros, não há auditorias da InspecçãoGeral das Finanças a falarem de actos lesivos do interesse público e Jacinto tem rosto e morada. O processo Portucale acabou ontem nos tribunais. Mas os factos que trouxe à luz do dia perdurarão como mais um exemplo do país falhado que se construiu nos últimos 20 anos.
A Justiça há-de ter, como sempre, mil e uma explicações processuais para justificar os arquivamentos e as absolvições. Os suspeitos dirão, como sempre, que se fez justiça. Mas quem acompanhou todo este processo, desde que um homem politicamente desajeitado mas corajoso como Gomes da Silva o iniciou, não pode ficar tranquilo. Porque um país decente não descuraria as evidências de dolo na forma como se retiraram da esfera pública 509 hectares da CL, quando já se sabia que a Ponte Vasco da Gama passaria a 20km. Nem abdicaria de questionar o estranho hábito de os ministros despacharem abates de sobreiros, enquanto se encaixotam papéis. Nem fecharia os olhos às dádivas extravagantes de personagens de anedota.
A desresponsabilização política e os limites da acção judicial não apagam o caso Portucale. A nódoa existe e, em vez de a limpar, o sistema dissimulou-a. Não foi um infeliz incidente: foi uma vergonha.
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Obrigado, Luís.
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