- O anúncio da Galp sobre investimento em “eficiência energética” e “redução de emissões” é mais areia para os olhos e não passa de um investimento para prolongar a vida dos combustíveis fósseis. A Refinaria continua a abastecer 90% do consumo nacional de combustíveis fósseis, incluindo jet fuel para a aviação. A Galp não está interessada numa transição para fontes de energia limpa, muito menos em garantir uma transição justa para trabalhadores. Não podemos confiar numa empresa como a Galp para isso. Há que a desmascarar. Por isso, a Climáximo convocou uma assentada popular para 1 de junho no aeroporto de Lisboa. Ponto de encontro: Alameda D. Afonso Henriques.
- A canadiana The Metals Company poderá ter encontrado na administração Trump o aliado perfeito para fazer avançar os seus planos de exploração mineira offshore em águas internacionais. Há mais de uma década que a The Metals Company lidera os esforços de um grupo de países e empresas para conseguir que a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) autorize a extração comercial nos fundos marinhos. Também há mais de uma década que promete aos seus investidores resultados concretos e um retorno significativo do seu investimento. No entanto, não conseguiu fazer avançar os seus planos. Refira-se que, após a eleição de Letícia Carvalho como nova secretária-geral da ISA, a probabilidade de a atividade ser autorizada a curto prazo diminuiu. A priori, Letícia Carvalho é muito menos entusiasta do que o seu antecessor, Michael Lodge, e reiterou que qualquer decisão sobre o assunto terá de ser tomada de acordo com conhecimentos científicos sólidos e em conformidade com os princípios da precaução e da sustentabilidade. Letícia Carvalho sublinha que a ISA tem autoridade exclusiva sobre todas as atividades no fundo do mar em águas internacionais, ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, e avisa que qualquer ação unilateral fora deste quadro viola o direito internacional e mina os princípios da governação multilateral - princípios que Donald Trump, até agora (e no seu anterior mandato), aparentemente não tem tido em grande consideração. Embora cada país possa decidir o que fazer nas suas águas territoriais, os fundos marinhos em águas internacionais são património comum da humanidade e, nos termos da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, a sua regulamentação compete exclusivamente à ISA. Nos últimos anos, a ISA autorizou várias dezenas de projetos de exploração no Atlântico, no Índico e no Pacífico. No entanto, não conseguiu elaborar um regulamento acordado que permita a exploração comercial dos recursos mineiros dos fundos marinhos. A principal razão para não permitir a exploração mineira submarina é a falta de conhecimento sobre a área a explorar, a milhares de metros de profundidade, a dinâmica dos ecossistemas de profundidade e os impactos que a atividade pode ter sobre eles. A pouca informação científica recolhida nos últimos anos indica que os danos ambientais superam em muito os possíveis benefícios da exploração dos recursos subaquáticos. Esta é também a principal razão invocada pelos 33 países que estabeleceram moratórias ou proibições à exploração mineira submarina nas suas águas (incluindo Espanha e, recentemente, Portugal). Fonte.
- Em resposta à crescente escassez de água doce, a Comissão de Investigação da Água da África do Sul está a tentar implementar a utilização da água do mar nos sistemas de saneamento, promovendo uma gestão mais sustentável dos seus recursos hídricos. Fonte.
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