França: ambientalistas vencem primeira etapa em processo contra o Estado por inação climática
- Em maio de 2020, centenas de camiões da empresa de
demolições DAYTA S.L, contratada pelo Grupo Q, promotor da urbanização Rancho
Linares, despejaram milhares de toneladas de entulhos e a Câmara Municipal não
fez nada. Perante denúncias dos Ecologistas en Acción, Agentes do Medio
Ambiente da Junta de Andalucía, pela SEPRONA e pela Asociación de Empresas
Gestoras de Residuos de la Construcción y Demolición de Andalucía, o
departamento do Ambiente da Câmara Municipal limitou-se a enviar uma
fiscalização para verificar a veracidade das reclamações, após a qual nada fez;
nem parou os despejos, nem deu início aos procedimentos disciplinares
obrigatórios. E quando se avançou para a penalização, o resultado foi uma coima
de 674 euros, o que equivale a uma multa de 5 cêntimos por cada tonelada
despejada. Ecologistas en Acción.
- A ação interposta por grupos ambientalistas contra o
estado francês por inação climática foi julgada na quinta-feira, 14 de janeiro.
O relator público pediu ao tribunal administrativo de Paris que reconhecesse a falha
do estado na luta contra as alterações climáticas. Se este parecer for seguido
pelos magistrados, que devem dar o seu parecer no prazo de quinze dias,
"seria uma decisão histórica para a justiça climática em França",
afirmou Cécilia Rinaudo, coordenadora geral da associação Notre Affaires À Tous. Esta ação legal foi movida em março de 2019 por quatro
ONGs - Notre Affaire À Tous, Greenpeace, Oxfam e a Fondation Nicolas Hulot -
contra a inação climática do Estado. Três meses antes, as associações tinham
recolhido mais de dois milhões de assinaturas na petição que lançaram para
denunciar a inação climática do governo francês. Alexandre-Reza
Kokabi, Reporterre
- Uma empresa canadiana de combustíveis fósseis começou a
explorar petróleo e gás na Bacia do Kavango, uma área ambientalmente sensível
na fronteira da Namíbia e do Botsuana. Os impactos ecológicos do projeto podem
ser devastadores: a fraturação hidráulica não só esgotaria e poluiria as escassas
reservas de água nas savanas secas da Namíbia, mas também ameaçaria o Delta do
Okavango do Botswana, um Património Mundial da UNESCO com suas grandes
populações de elefantes, hipopótamos, rinocerontes e pássaros. Os combustíveis
fósseis não devem pôr em risco um dos últimos grandes tesouros naturais da
África Austral com novas explorações. Assine a petição pedindo a suspensão do projeto!
Rainforest.
- Comunidades tribais celebram no Panamá uma vitória pelos
seus direitos de controlar algumas das maiores florestas da América Central,
uma vitória que pode beneficiar a conservação em toda a região do noroeste do
Panamá inserida num território semi-autónomo, conhecido no Panamá como Comarca,
cobrindo cerca de 400.000 acres de suas terras ancestrais. “Este é um ato de justiça que vai devolver a
tranquilidade aos Naso, garantindo as nossas terras”, disse o Rei dos Naso,
Reynaldo Santana. “Seremos capazes de continuar o que sabemos melhor e o que a nossa
cultura e modo de vida representam: cuidar da nossa mãe terra, conservar uma
floresta majestosa e proteger o país e o planeta dos efeitos das alterações
climáticas.” Fred Pearce, e360.
- Na China, cerca de 100 milhões de pessoas têm consumido
água potável contendo níveis perigosos de produtos químicos tóxicos, alertou um
estudo da Tsinghua University. Os per- e
polifluoroalquilos (PFAS) são produtos químicos sintéticos usados em tecidos e
pesticidas. As cidades com níveis elevados incluem Wuxi, Hangzhou e Suzhou no
leste da China e Foshan na província de Guangdong, no sul, A concentração média de PFASs no leste do país era 2,6
vezes maior que no norte, o que os autores do relatório atribuíram à intensa
atividade industrial e alta densidade populacional. Business World.
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