quarta-feira, 4 de março de 2020

  • Na Praia, o hotel que pode acabar com um paraíso. O projeto de Sandra Ortega em Portugal, herdeira do império Inditex, viola as diretrizes ambientais do país e da EU, escreve Daniel Toledo na CTXT. «Sandra Ortega, a mulher mais rica da Espanha, segundo a Forbes, decidiu investir uma parte de sua fortuna, estimada em cerca de 6.000 milhões de euros, num complexo hoteleiro de luxo. O megaprojeto que deseja construir a herdeira do fundador de Zara será chamado Na Praia e localiza-se na península de Troia, uma bela língua de areia, dunas e vegetação que entra no Oceano Atlântico pela Reserva Natural do Estuário do Rio Sado, cerca de 53 Km a sul de Lisboa. As conclusões do estudo de impacto ambiental são muito claras: “O projeto condiciona o cumprimento dos objetivos legais de conservação listados para esses habitats protegidos, por meio da eliminação da área de ocupação do habitat, já devido à degradação do seu estado de conservação (…) Considerando o exposto, o impacto 'eliminação do habitat' é classificado como: negativo, direto, verdadeiro, permanente, irreversível, de magnitude forte e muito significativo". Para Inês Cardoso, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e vice-presidente da Liga para a Proteção da Natureza, as medidas compensatórias pouco podem fazer perante a destruição de habitats protegidos por diretivas europeias: “Estas medidas não são, de fato, compensatórias. No território de uma reserva natural, o Estado tem a obrigação de conservar todos os habitats e ecossistemas que estão dentro dessa reserva. Portanto, essa medida não é compensatória, mas apenas um reforço de algo que já existe. Por outro lado, os habitats não são semelhantes e, portanto, não dizem nada sobre o que será destruído ao longo da construção deste projeto. São milhares de anos de evolução que serão destruídos em meia dúzia de semanas.”»
  • A seca sente-se este ano de forma mais intensa nas zonas do Alto Alentejo e do Sado do que no resto do país, alerta a CAP, que exige do Governo medidas atempadas contra o problema. Expresso.
  • As empresas intermunicipais de gestão de resíduos das ilhas Terceira e São Miguel, nos Açores, divergem quanto à necessidade de uma segunda incineradora no arquipélago. «Se não tivermos a central de valorização energética na ilha de São Miguel, a nossa convicção é que vai resultar tudo em aterro, porque não estou a ver quem é que vai pagar o custo de transporte”, afirmou Ricardo Rodrigues, o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo e presidente da Musami, empresa intermunicipal de gestão de resíduos de São Miguel. Atualmente, os Açores têm apenas uma incineradora, na Terceira, construída há cinco anos, e a Teramb, empresa intermunicipal de gestão de resíduos desta ilha, alega ter capacidade para tratar os resíduos de todas as ilhas dos Açores, após os restantes tratamentos e reciclagem. Mas Ricardo Rodrigues defende que a incineradora da ilha Terceira não terá capacidade para tratar todo o lixo de São Miguel, mesmo após a reciclagem e outros tratamentos, alegando que a ilha ficaria sempre com “dezenas de toneladas” de resíduos para depositar em aterro. Segundo o autarca, a central da ilha Terceira tem capacidade para tratar 55 mil toneladas de resíduos e atualmente trata 42 mil toneladas, mas mesmo que aumente as metas de reciclagem para 50%, em 2025, ficará apenas com 18.600 toneladas livres. Nesse ano, Ricardo Rodrigues estima que São Miguel tenha 65.600 toneladas de resíduos sem destino (47 mil de refugo e 18 mil de resíduos industriais), ou seja, mesmo enviando 18.600 para a ilha Terceira continuaria a ter de colocar 47 mil em aterro. Por outro lado, defendeu que a valorização de resíduos na ilha Terceira teria custos acrescidos com o transporte, duplicando o preço de tratamento por tonelada de 41 para 82 euros. A presidente do conselho de administração da Teramb e vereadora da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Raquel Ferreira, defendeu, por sua vez, que a construir-se uma nova incineradora de São Miguel terá de ser “dimensionada à realidade”. “Tem de ser um investimento concertado. Nós temos de nos sentar e discutir e ver o que são os números reais e as metas para a reciclagem que passam a ser obrigatórias”, salientou. Segundo Maria Ekström, vogal do conselho de administração da Teramb, atualmente a incineradora da ilha Terceira trata cerca de 40 mil toneladas de lixo proveniente de sete ilhas dos Açores (exceto Pico e São Miguel), mas 20% resultam da limpeza de bolsas do aterro e apenas 36% dos resíduos da ilha Terceira são reciclados, quando a meta para 2025 é de 50%. “Dotando todas as ilhas com infraestruturas de reciclagem, temos capacidade de absorver tudo o que não tenha valor na região”, sublinhou. Açoriano Oriental. Entretanto, ambientalistas entregaram petição no parlamento contra construção de incineradora. FB.
  • O cargueiro Stellar Banner emergiu parcialmente ao largo de São Luis, no Maranhão, Brasil, começando a derramar combustível. A embarcação, operada pela Polaris Shipping, com sede na Coréia do Sul, transportava 300.000 toneladas de minério de ferro destinadas a Qingdao, na China. Chron.
  • «Apontado como o mandante de uma das maiores chacinas já registradas na Amazônia, que em abril de 2017 deixou nove mortos em Colniza, no Mato Grosso, Valdelir João de Souza está foragido da Justiça há mais de dois anos, mas continua criando gado em uma área ocupada ilegalmente em um assentamento da reforma agrária em Rondônia. Ao longo de 2018, Souza vendeu gado a pecuaristas da região que, por sua vez, forneceram animais a dois dos maiores frigoríficos brasileiros: a JBS e a Marfrig, segundo documentos sanitários obtidos pela Repórter Brasil.»

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