quinta-feira, 28 de abril de 2016

O que está a acontecer em Perdigão, Aljezur?

Imagem captada aqui.
  • A Agência Portuguesa do Ambiente embargou as perfurações que decorriam em Perdigão, Aljezur, em plena RAN (Reserva Agrícola Nacional), mais concretamente em terrenos da «Domus Verde», propriedade da família de Sousa Cintra. Tudo porque a licença concedida à «Domus Verde» para abertura de um furo para extração de água para rega tinha não só sido concretizada mas também ultrapassada, havendo um segundo furo para 500 metros de profundidade que levantou suspeitas à vizinhança e despoletou a denúncia às autoridades por parte da PALP and da ASMAA. A presença, no local, de um geólogo ao serviço da Portfuel sugeria a tentativa de levar a cabo perfurações profundas em busca de depósitos de hidrocarbonetos para as quais não fora emitida qualquer licença. Em 21 e 22 de abril, o local mostrava-se cheio de espessa espuma esbranquiçada que saía de um tubo, tendo os vizinhos protestado contra o ruído e as vibrações provocadas pelas operações em curso. Essa espuma corria para um pequeno curso de água que liga a um rio que desagua na praia da Amoreira. Sobre este caso a RTP fez uma excelente reportagemMais informação sobre este tema pode ser consultada através das hiperligações seguintes: (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7), (8) e (9).
  • O Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral considera o eucalipto como «uma das espécies a privilegiar» em ações de arborização na zona da Lagoa da Ervedeira. A informação é dada pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, em resposta a um pedido de esclarecimentos feito por elementos do Grupo de Amigos da Lagoa da Ervereira, que se insurgiram contra a autorização concedida por aquele organismo para uma plantação de eucaliptos nas margens deste espelho de água, localizado no Coimbrão, concelho de Leiria. O ICNF alega que a ação de arborização em causa «reúne os requisitos técnicos e legais aplicáveis» e «foi objeto de parecer favorável condicionado» emitido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela Câmara Municipal de Leiria. Jornal de Leiria. Este projeto levantara uma onda de contestação entre a população local, à qual se associara a Junta de Freguesia do Coimbrão. Na internet circulava uma petição, criada pelo Grupo de Amigos da Lagoa da Ervedeira, a exigir a revogação da licença. Também a associação ambientalista Oikos pedira a intervenção das entidades competentes, de forma a travar o avanço do eucalipto junto da lagoa, que, em 2000, fora identificada como sítio de interesse para a conservação da natureza ao abrigo do programa CORINE, desenvolvido ao nível da União Europeia.

2 comentários:

OLima disse...

Former minister slams 'retired foreigners' for disrupting Algarve oil and gas plans
http://www.algarvedailynews.com/news/8661-former-minister-slams-retired-foreigners-for-disrupting-algarve-oil-and-gas-plans

OLima disse...

Sousa Cintra’s suspect well shut down by environment ministry
After weeks of inexplicable goings on in the wilds of Rogil, police and authorities acting for the environment ministry have shut down suspect well drilling on land belonging to Algarve oil baron Sousa Cintra.

The belief - now being investigated by the Attorney General’s office - is that far from drilling for water for an agricultural project, teams on site have been actually prospecting for oil.

And by no coincidence today, the former environment minister who signed over prospecting licences to Sousa Cintra’s company Portfuel in the last days of the previous government is being called to parliament to give a full and frank explanation as to why he decided to do so.

According to various reports on national media, Portfuel did not comply with ‘the minimum requirements’ of a oil company to be awarded such a contract. Indeed, Lusa’s Sérgio Luísa described it recently as an “empty shell” that does not have any employees.

Covering the enforced shutdown on operations yesterday (Wednesday) afternoon, RTP news explained the ‘coincidences’ that have led to the widely held belief that Sousa Cintra has been illicitly digging for oil.

Fonseca Furos, the drilling company ostensibly ‘digging 500 metres for water’ is the same company that elsewhere in the country has been involved in oil prospection, said Rosa Veloso of RTP - while the contracting company, Domus Verde, shares the same address at Portfuel and is owned by Sousa Cintra.

Interviewing various locals whose own water supplies - powered by boreholes around 100 metres deep - have been adversely affected by Fonseca Furos’ digging over the last few months, RTP discovered that a geologist on site was actually employed by Portfuel and had been previously involved in oil drilling in Brazil.

João Carvalho however refused to be drawn on the “ultimate use” of the on-site wells.

“My work here is to identify the rock that the we’re going through”, he told RTP. “Pure and simple”.

“The question everyone is asking”, RTP stressed, “is if this site really is to be used for agriculture, why do they have to drill so low for water” - particularly as water was discovered months ago at levels much closer to the surface, and since then strong chemical odours and 'seas of foam' have been identified coming from the well-heads.

With Sousa Cintra’s 40 years licence to drill for oil now clearly at risk of being rescinded (click here), the news channel claimed Portfuel lawyer André Figueira “could not believe” Wednesday’s news.

“We will just have to see what happens”, he said.

Meantime, anti-oil campaigners who have relentlessly fought to bring this issue into the public eye are celebrating.

Said the Facebook page of ASMAA, the Lagos-based association that began the anti-oil campaign in the Algarve: “A very big thank you to all the team members in Aljezur and Vila do Bispo for all your work”.

http://portugalresident.com/sousa-cintra%E2%80%99s-suspect-well-shut-down-by-environment-ministry