terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Negócio do carbono vai mal


Ribeira de Silvalde, Espinho.
  • O desabamento na CREL já era previsível. A Brisa, concessionária da A9/CREL, pediu a intervenção da Câmara da Amadora em 2004, 2005 e 2007, no aterro que estará na origem da derrocada de toneladas de terras para as faixas de rodagem. E a autarquia alertou o proprietário dos terrenos. Se não desconfiasse de que esta é uma estória muito mal contada, apetecer-me-ia dizer que estamos perante mais um caso de "Portugal no seu melhor". Eheheheheheheheheheheheheheheeh. Por favor, expliquem-me que eu não percebo. O tipo terá sido expropriado para que a CREL fosse construída. Tê-lo-á sido por baixo preço porque quando se trata de interesse público invoca-se a Pátria e o bem da Nação. A Brisa cobra por cada carro que por lá passa mas, que se saiba, não partilha os lucros com o tal proprietário. Agora que as chuvas fizeram o que toda a gente viu, querem obrigar o proprietário dos terrenos onde se deu a quebrada a arcar com responsabilidades!? Então, porque estão a dar ouvidos ao chorinho dos agricultores do Oeste que viram as suas estufas dizimadas? Façam aos agricultores do Oeste  o que a Brisa e a Câmara da Amadora: estão a fazer ao proprietário do terreno que desabou: não lhes dêem subsídios a fundo perdido, mandem-nos assumir responsabilidades!
  • O fiasco da cimeira climática de Copenhagen pode contribuir para aumento da violência, corrupção e especulação fundiária em áreas de floresta, alerta a RRI. Tudo porque foram anunciados 3.5 mil milhões de dólares para projetos do tipo Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal) e a indefinição da conferência quanto à regulamentação formal dessas iniciativas - basicamente, uma compensação financeira para preservação de florestas- vai aumentar a pressão sobre áreas verdes. O carbono contido nas árvores elevará o valor de áreas florestadas e despertaria o interesse de pela posse dessas terras, provocando conflitos. Ambiente Brasil.
  • Os bancos e os investidores estão a sair do mercado de carbono na sequência do falhanço do acordo para os limites de emissões em Copenhagen, admitem empresas como a Norton Rose e a EcoSecurities. Tudo porque a recessão provou umaredução nas emissões e, consequentemente, há menos projectos ditos limpos para financiar. Também por isso o preço dos créditos de carbono baixaram. The Guardian. Que irá fazer a nossa Ecotrader?
  • A H&M, a C&A e outras marcas andaram a vender artigos de algodão da Índia com rótulo “orgânico”. Só que o algodão rotulado de orgânico estava, de facto, contaminado com algodão transgénico.

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