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sábado, 10 de maio de 2025

BICO CALADO

  • Pinto Moreira, antigo presidente da Câmara Municipal eleito pelo PSD e arguido no processo Vortex, recordou um episódio de 2017, ano de eleições autárquicas, em que Cláudia Fidalgo marcou presença na sessão pública de apresentação da candidatura de Nuno Lacerda, o candidato pelo PS: “O meu principal adversário político fez a apresentação pública da sua candidatura no Centro Multimeios e a arquiteta Cláudia foi figura de destaque nessa apresentação, estando na primeira ou na segunda fila (…) não achei de bom tom que uma técnica superior da Divisão de obras particulares e licenciamentos estivesse na primeira linha de apoio ao adversário (…) considerando que esse candidato era arquiteto e tinha interesses na terra”. “Fui assistir sim senhor, o candidato é meu amigo pessoal e do meu marido”, respondeu Cláudia Fidalgo. “Ssentei-me na primeira fila, mas isso não tem rigorosamente nada a ver com as funções que desempenhava e continuo a desempenhar na Câmara, qualquer que seja o executivo que esteja. Penso ainda que é uma invasão dos meus direitos, o dr Pinto Moreira sequer pronunciar-se relativamente a eu dever estar ou não numa apresentação pública de uma campanha eleitoral, seja de que partido for”, concluiu a testemunha. Fonte.
  • O prolongamento do canal de São Roque, em Aveiro, foi adjudicado por valor 1 milhão de euros abaixo do preço base. Fonte. Aconteceu o mesmo na adjudicação do ReCafe em Espinho, para, mais tarde, a construtora ABB invocar ´trabalhos a mais’ para exigir mais cerca de 8 milhões. O caso flutua ainda nos tribunais porque a Câmara alega que há ‘rabos de palha’ por concluir. Por isso, oxalá não venha a acontecer a Aveiro o que acontece(u) em Espinho.
  • “(…) Por exemplo, quando sugeriu que o deputado responsável pela fuga de informação fosse punido com a perda de mandato, Hugo Carneiro não deu importância ao facto de esse deputado, independentemente de quem possa ser, na prática já não ter mandato, visto que o Parlamento está dissolvido. Trata-se de propor que o prevaricador seja punido com a perda de algo que já não possui, que é uma pena de difícil execução. Do mesmo modo, quando acusou a comunicação social de alimentar a desinformação ao publicar um documento oficial, Hugo Carneiro admitiu que a publicação de documentos oficiais desinforma, o que só pode significar que a lista entregue por Montenegro é falsa. (…) Em resumo, o PSD quer que deputados que já não têm propriamente mandato percam o mandato, por terem divulgado informação verdadeira que constitui desinformação; o PS acha que foi o próprio primeiro-ministro a divulgar, estrategicamente, para obter benefícios eleitorais, uma informação que, por acaso, o prejudica. Julgo que a campanha eleitoral está a contribuir como nunca para o esclarecimento de todos nós.” Ricardo Araújo Pereira, Expresso.
  • Adam Lantz critica os media ocidentais pela sua cobertura tardia e inadequada da crise humanitária em Gaza. Lantz argumenta que as principais organizações noticiosas se mantiveram em silêncio ou reduziram as suas reportagens durante as fases iniciais do conflito, só reconhecendo a gravidade da situação depois de terem ocorrido danos significativos. Defende que este reconhecimento tardio é mais motivado por mudanças no clima político do que pela integridade jornalística. O artigo sublinha que esta inação dos media contribui para a apatia global e permite as atrocidades em curso, afirmando que uma responsabilização genuína exige uma transformação fundamental na forma como as entidades dos media relatam e respondem às violações maciças dos direitos humanos.

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