ESPANHA: PRIMEIRO LITÍGIO CLIMÁTICO CHEGA AO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
- Ecologistas en
Acción, Greenpeace, Oxfam Intermón, Fridays For Future e La
Coordinadora de Organizaciones para el Desarrollo apresentaram uma
ação judicial contra o Estado espanhol por inação em relação às
alterações climáticas junto do Tribunal Constitucional. Este marco
jurídico surge quase dois meses depois de o Tribunal Europeu dos
Direitos do Homem ter feito história ao condenar a Suíça por não
proteger a sua população dos impactos das alterações climáticas,
na sequência de uma ação intentada pela KlimaSeniorinnen, um grupo
de mais de 2.000 mulheres com mais de 65 anos. Este acórdão é
aplicável a todos os países do Conselho da Europa, incluindo a
Espanha, pelo que pode ser um ponto de viragem significativo no
processo que chega ao Tribunal Constitucional. O acórdão reconhece
expressamente que as alterações climáticas afetam todas as pessoas
e, consequentemente, interpreta que a inação dos Estados afecta os
direitos fundamentais dos cidadãos. Da mesma forma, o recente
parecer do Tribunal Internacional do Direito do Mar declarou que os
Estados têm a obrigação de prevenir, reduzir e controlar a
poluição por gases com efeito de estufa e que devem proteger o
ambiente marinho no contexto das alterações climáticas. As cinco
organizações queixosas esperam que os tribunais espanhóis tomem em
consideração estas declarações e obriguem o Estado a cumprir as
suas responsabilidades em matéria de clima. Caso contrário, estão
dispostas a ir até Estrasburgo para que seja a União Europeia a
defender os cidadãos. Fonte.
- O fraco afluxo de
salmão selvagem nos rios de salmão noruegueses levou as autoridades
a encerrar a maior parte dos principais rios da Noruega. Fonte.
- Treze pessoas foram
detidas na sequência de um incêndio florestal na ilha grega de
Hydra, que as autoridades alegam ter sido provocado por fogo de
artifício lançado do super iate de luxo Persephoni. Fonte.
- O jardineiro que
levou uma cidade canadiana a tribunal pelo direito de não cortar a
relva. Por duas vezes, os funcionários da cidade de Missisauga
cortaram à força a relva de Wolf Ruck e cobraram-lhe, depois de
este ter decidido renaturalizar o seu jardim. Fonte.
- Estados Unidos pedem
à União Europeia para adiar lei antidesmatamento. Governo Biden
argumenta que legislação que obriga comprovação de que
importações como chocolate, móveis e produtos pecuários foram
feitas sem destruir florestas prejudicaria seus produtores. Fonte.
- Incêndio numa
fábrica de baterias de lítio na Coreia do Sul mata 22 pessoas, a
maioria das quais chinesas. Fonte.
- Caubóis do carbono:
empresário britânico, pecuarista paraense e ex-PM de SP estão por
trás de projetos abusivos. Surge mais uma denúncia de problemas em
projetos ligados ao mercado voluntário de carbono. Comunidades em
Gurupá e Portal, no Pará, caíram em contratos abusivos e enganosos
com duas empresas, Pará Redd e Redda+, além de sofrerem com
ameaças. Um ex-policial militar de São Paulo, Bruno Tavares da
Silva, é sócio das duas empresas, mesmo sem histórico de atuação
na área ambiental. Outras conexões estranhas ao mercado de carbono
também envolvem um britânico ligado a uma administradora de ativos
financeiros de Dubai e sócios de outras empresas que atuam na mesma
área – inclusive uma delas alvo de ação da Defensoria Pública
devido à grilagem para gerar créditos. Fonte.
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