Chile encerra glaciar Exploradores

• A Corporação Florestal Nacional do Chile fechou permanentemente um glaciar popular, provocando indignação de aventureiros e guias locais. O glaciar Exploradores, no parque nacional Laguna San Rafael, tem sido um destino bem conhecido para caminhadas no gelo na região sul de Aysén há pelo menos duas décadas. Mas um estudo realizado por hidrólogos do governo descobriu que o glaciar está a atingir um “ponto de inflexão” perigosamente instável. O estudo – e o encerramento do Exploradores – ocorreu depois do desprendimento de um enorme pedaço de gelo do glaciar principal em 6 de outubro. Nenhum caminhante ficou ferido e os guias consideraram o incidente normal para uma paisagem glacial em constante mudança. O estudo do governo sugere, contudo, que a enorme fragmentação se tornará muito mais comum em breve. O glaciar Exploradores “diminuiu” 0,5 metros por ano, de acordo com imagens de drones recolhidas por hidrólogos do governo desde 2020. O número de lagoas de água derretida situadas no topo do glaciar também duplicou neste período. À medida que o contacto da superfície do glaciar com a água aumenta – quer onde o glaciar termina no vale do Chileno ou com os seus agora 488 lagos de superfície – ele derrete mais rapidamente. Juntos, diz o relatório, o desbaste e a explosão do número de lagoas glaciais estão levando o Exploradores a um de dois resultados possíveis. Ou uma quantidade catastrófica de gelo poderá desprender-se do corpo principal de gelo, ou centenas de pequenas lagoas causarão a “desintegração” da frente do glaciar. DANIEL SHAILER, AP. Via ABC.

• As megabacias ilegais serão esvaziados e desmantelados, anunciou o gabinete de Marc Fesneau, Ministro da Agricultura de França. Laury-Anne Cholez, Reporterre.

• Resíduos plásticos estão fora de controlo em toda a África. A previsão anual de 116 milhões de toneladas de resíduos até 2060 é seis vezes superior à de 2019, impulsionada pela procura na África Subsaariana. Karen McVeigh, The Guardian.

• Os países produtores de combustíveis fósseis estão a planear expansões de carvão, petróleo e gás que “explodiriam duas vezes o orçamento de carbono do planeta”, diz um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente. Esses projetos levariam a 460% mais produção de carvão, 83% mais gás e 29% mais petróleo em 2030 do que o mundo poderia utilizar, ao mesmo tempo que limitaria o aquecimento ao objetivo do Acordo de Paris de 1,5ºC. Mesmo o objetivo de 2C estaria em risco, com 69% mais combustíveis fósseis utilizados do que o compatível com o objetivo. Índia, Arábia Saudita e Rússia seriam os responsáveis ​​pelas maiores emissões dos projetos planeados, com os EUA, o Canadá e os Emirados Árabes Unidos também a planearem ser grandes produtores de combustíveis fósseis. Damian Carrington, The Guardian.