Alemanha: governo autoriza reativação de 2 centrais a carvão

• O Ministério dos Assuntos Económicos e Ação Climática anunciou que o maior produtor de energia da Alemanha, RWE, terá permissão para relançar dois blocos de carvão na sua central de Niederaussem e outro na sua central de Neurath. RT/ANR.

• Dois projetos de quinze bacias de irrigação agrícola em Poitou-Charentes foram cancelados pela justiça administrativa. O processo dizia respeito a 9 reservatórios previstos nas bacias do Aume e Couture, nos departamentos de Charente, Charento-Maritime e Deux-Sèvres. As manifestações de opositores, proibidas pelas autoridades, deram origem a violentos confrontos com a polícia em Sainte-Soline. O princípio destas bacias é retirar água dos aquíferos superficiais no inverno, para disponibilizá-la aos agricultores irrigantes no verão, quando a chuva é escassa. Teller Report.

• A francesa EDF Renewables vai abandonar um projeto de energia solar no centro da Colômbia devido a atrasos nas licenças, bem como a mudanças regulatórias e fiscais. Oliver Griffin e Aurora Ellis, Reuters.

• O ex-ministro do Ambiente do Gabão, Lee White, nascido na Grã-Bretanha, e três funcionários foram colocados em prisão domiciliar após uma denúncia de um sindicato florestal. Ele é acusado de uma série de crimes relacionados com o leilão de licenças florestais e a alegada abertura de uma conta bancária incomum para arrecadar centenas de milhares de dólares provenientes de multas e vendas de madeira. As autoridades também prenderam o ex-diretor do departamento florestal do governo, Ghislain Moussavou, o consultor financeiro Jean Guy Diouf e o inspetor de serviços Ghislain Aimé Boupo. Alegam que o ministério multou operadores florestais e vendeu madeira abandonada e que o dinheiro, no valor de várias centenas de milhares de dólares, foi colocado numa conta separada da conta normal do ministério. Este dinheiro foi utilizado para financiar “missões do ministro, associações, estudos de consultoras estrangeiras e ações de comunicação”, alega o sindicato. O sindicato também levantou preocupações sobre duas licenças florestais concedidas a uma joint venture entre o governo e o grupo singapuriano Olam, que tem desmatado florestas para produção de óleo de palma no país. Alega-se que as licenças foram concedidas fora das áreas regulamentares adequadas e sem concurso público. Joe Lo, CCN.

• Um agente sénior que trabalha nos bastidores do governo da Primeira-Ministra DanielleSmith agendou uma reunião privada com um grupo de lobistas da indústria petrolífera para conversar sobre as políticas de Alberta, Canadá. Um dos lobistas respondeu ao convite enviando uma agenda com diversos temas e propostas: a criação de novos subsídios ao petróleo, uma estratégia para combater as regras do governo federal que visam reprimir a poluição e introduzir obstáculos para bloquear projetos de energias renováveis. O lobista também propôs que se discutisse um plano de resgate para uma empresa que estava à beira da falência, mas que enfrentava uma conta multimilionária para limpar vários locais contaminados onde costumava operar. Tudo isto aconteceu no início de 2023, quando o governo de Alberta começou a recusar sistematicamente a divulgação de registos das suas reuniões com a Associação Canadiana de Produtores de Petróleo e outros lobistas do petróleo e do gás. Embora se soubesse que funcionários de pelo menos quatro ministérios tivessem sido influenciados através de reuniões regulares com lobistas da indústria, os ministérios recusaram coletivamente mais de 20 pedidos separados feitos através da legislação sobre liberdade de informação desde o início de 2023 para obter os detalhes. Mike De Souza, The Narwhal.