Congo: TotalEnergies ocupa terrenos agrícolas para plantar acácias para sequestrar carbono
- Um enorme esquema de plantação de árvores com apoio da petrolífera francesa Total priva agricultores dos seus campos e impossibilita-os de pagar a escola aos seus filhos. A TotalEnergies avançou com este projeto de compensação de carbono através da plantação de acácias em 40.000 hectares de terra, com o objetivo de sequestrar mais de 10 milhões de toneladas de CO2 ao longo de 20 anos. A primeira plantação começou há cerca de um ano. O projeto irá gerar créditos de carbono, uma ferramenta financeira concebida para combater as alterações climáticas através da comercialização de cada tonelada de CO2 capturada por árvores recém plantadas, ou protegidas. A Total irá utilizar os créditos para compensar algumas das suas próprias emissões. Para ter acesso à terra, a Total associou-se à FNC para plantar árvores na reserva de Lefini, nos planaltos de Batéké, no Congo. A FNC, que arrendou as terras ao governo congolês, é uma filial da Forêt Ressources Management, uma empresa de consultoria francesa que afirma promover práticas de exploração florestal dita sustentável na África Central. Sam Quashie-Idun e Emma Howard, Unearthed. Entretanto, a Mediapart revelou documentos internos do governo congolês provando que a TotalEnergies se apropriou dos terrenos sem o consentimento dos agricultores.
- As Ilhas
Baleares vão subsidiar em 15 milhões a instalação de painéis fotovoltaicos em
pérgolas e toldos de parques de estacionamento. ER.
- A União
Europeia chegou a um acordo sobre o seu mecanismo de ajustamento das emissões
de carbono nas fronteiras. A medida irá impor uma tarifa de emissões de dióxido
de carbono sobre as importações de bens poluentes como o aço e o cimento, um
esquema pioneiro a nível mundial que visa apoiar as indústrias europeias à
medida que estas descarbonizam. As empresas que importam esses bens para a UE
serão obrigadas a comprar certificados para cobrir as suas emissões de CO2
incorporadas. O esquema foi concebido para aplicar o mesmo custo de CO2 a
empresas estrangeiras e indústrias domésticas da UE - estas últimas já são
obrigadas a comprar licenças do mercado de carbono da UE quando poluem. Peritos
do outro lado do Atlântico consideram que a mudança irá provavelmente perturbar
os fabricantes nos EUA, criando uma nova teia de burocracia para exportar para
a Europa. Entretanto, analistas chineses argumentam que a imposição de tarifas
baseadas no clima sobre o aço e o alumínio chineses criaria um preocupante precedente
para a China, apesar do impacto global sobre esses setores ser limitado. O
esforço concertado dos EUA e da UE reflete, segundo eles, como as alterações
climáticas poderiam tornar-se mais um campo de batalha entre a China e o
Ocidente. "Os EUA não têm qualquer sinceridade em cooperar com a China em
matéria de alterações climáticas". Ele acrescenta que "produtos
relacionados com as alterações climáticas, tais como painéis solares e baterias
de lítio, podem ser atingidos por tais medidas punitivas que são normalmente impostas
em disputas comerciais" disse Lu Xiang, um especialista em relações
EUA-China na Academia Chinesa de Ciências Sociais. Reuters, Wall Street Journal
e South China Morning Post.
- As instalações
de energia solar nos EUA deverão cair 23% este ano devido à proibição das
importações da região chinesa de Xinjiang. Espera-se que as restrições de
abastecimento durem até ao segundo semestre do próximo ano e atrasam os efeitos
do IRA [Lei de Redução da Inflação]. O mercado deverá voltar a crescer no próximo
ano, com aumentos anuais de 21%, em média. Reuters.
- Governo de
Bolsonaro dá sinal verde à fraturação hidráulica com concessões a empresas de
petróleo e gás. Anna Beatriz Anjos, Pública.
- Um
levantamento da Polícia Rodoviária Federal, feito a pedido do Supremo Tribunal
Federal, mostrou que camiões utilizados em bloqueios antidemocráticos de
estradas e vias no Mato Grosso já tiveram envolvimento em crimes ambientais,
tráfico de drogas e contrabando. ClimaInfo.
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