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quarta-feira, 13 de julho de 2022
Brasil: plantação de eucalipto da Aperam South America é a principal responsável pela escassez hídrica no norte de Mato Grosso
João Camargo na SIC Notícias, discutindo o papel das
alterações climáticas, mas principalmente da composição da nossa floresta no
cenário devastador que se vai repetir com cada vez mais intensidade.
Dois manifestantes foram detidos após tentarem bloquear
uma entrada do Aeroporto de East Hampton, em Long Island, Nova Iorque. O grupo,
NYCC, reuniu-se para protestar contra as alterações climáticas e para tributar
os ricos. Este protesto no aeroporto seguiu-se a um fim-de-semana de protestos
climáticos na zona de Long Island, famosa pelos seus ricos frequentadores das
praias locais. Ethan
Freedman, The Independent.
A plantação de eucalipto da Aperam South America é a
principal responsável pela escassez hídrica no norte de Mato Grosso, diz o
relatório “Projeto Salvaguardas Socioambientais Reduzindo os Impactos da
Monocultura de Eucalipto”. O eucalipto é utilizado principalmente para produzir
carvão para a siderúrgica Aperam BioEnergia. Elaborado pelo Centro de
Agricultura Alternativa Vicente Nica (CAV) em conjunto com o Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor e o Guia dos Bancos Responsáveis e parceria
com equipes de pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), do Instituto Federal do Leste de Minas
Gerais (IFLMG) e do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IFSMG), o
relatório aponta que o que a empresa apresenta como uma prática ecológica de
reflorestamento e compensação da pegada de emissões de gases do efeito estufa
seria uma ameaça ao ecossistema local. Segundo o estudo, nos últimos 45
anos as monoculturas de eucalipto que a Aperam ajudou a implementar na região
teriam sido responsáveis pela redução de 4,5 metros no lençol freático na
região, levando a secas constantes e a falta de água. A empresa, de acordo com
o relatório, é acusada pelos moradores de estabelecer “milícias” para impedir a
população de recolher os restos de galhos de eucaliptos e de circular pelas
estradas que ligam as comunidades rurais à sede dos municípios. Karina
Tarasiuk e Paula Bianchi, A Publica.
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