BE propõe campos de golfe regados com águas residuais recicladas
- O Bloco apresentou um projeto de lei para obrigar a que a rega dos campos de golfe seja feita
na totalidade por águas residuais reutilizadas. Pedro Filipe Soares critica o
Governo por falta de medidas face à grave seca e manter tudo como está no que
toca ao uso da água. Um campo de golfe consome cerca de 400 mil metros cúbicos
de água por ano e apenas dois no país recorrem ao uso de água proveniente de
Estações de Tratamento de Águas Residuais para os seus sistemas de rega. Refere
que dos 78 campos de golfe do país, 40 estão na região do Algarve, área onde a
escassez de água é maior. Segundo os dados do Plano de Eficiência Hídrica do
Algarve, 7% do consumo total de água na região é realizado pelos campos de
golfe, o que dá conta da dimensão do problema, destaca o projeto de lei
apresentado pelo BE. O projeto bloquista prevê que nenhum novo campo de golfe
possa ser licenciado e entrar em funcionamento sem um sistema de rega
dependente de águas residuais. Fonte.
- Os líderes dos países do G7 foram acusados de recuar nos
objetivos climáticos depois de terem diluído as promessas de parar o
investimento em combustíveis fósseis devido a receios sobre a segurança
energética decorrente da invasão russa da Ucrânia. O comunicado final divulgado
pela cimeira descreve o investimento em gás natural liquefeito como uma resposta
necessária à atual crise. Além disso, o G7 incluiu uma lacuna a um compromisso
anterior de pôr fim aos investimentos em projetos de combustíveis fósseis até
ao final deste ano, afirmando que haveria uma excepção em circunstâncias
limitadas claramente definidas por cada país, consistentes com um limite de
aquecimento de 1,5C". Na cimeira de Galsgow do ano passado, seis países do
G7 concordaram em pôr fim ao financiamento público de projetos de combustíveis
fósseis até ao final de 2022, a que se juntou mais tarde o sétimo, o Japão, em maio.
O chanceler alemão Olaf Scholz tinha proposto a formulação em torno dos
investimentos em gás potencialmente necessários, com o apoio da Itália e a
oposição do Reino Unido e da França. Financial Times e Climate Home News.
- Desde 2009, os terramotos têm vindo a aumentar
rapidamente na bacia do Delaware - uma prolífera região produtora de petróleo
no Texas Ocidental e Novo México. Esse número crescente de terramotos pode
estar ligado à produção de petróleo e gás na região, sugerem investigações recentes.
Os autores do estudo analisaram os dados que acompanharam a sismicidade e a produção
de petróleo e gás na região entre 2017 e 2020 e verificaram que 68% dos sismos
acima da magnitude 1,5 estavam altamente associados a uma ou mais atividades de
produção de petróleo e de gás. A fracturação hidráulica é um processo que utiliza fluido
pressurizado para criar e ampliar as fraturas na rocha para aumentar o fluxo de
petróleo e gás - e a eliminação do que é referido como água de formação em
formações geológicas. A água de formação é produzida com petróleo e gás, sendo
depois eliminada através da sua injeção em formações geológicas, dizem os
investigadores, que estudaram cerca de 5.000 terramotos, escolhendo aqueles
acima do limiar de magnitude 1,5. 55% dos terramotos estavam ligados à injeção
de água de formação em formações sedimentares. Saphora Smith,
Yahoo News.
- A OTAN pretende reduzir as emissões em 45% até 2030, ser
neutra em carbono até 2050, disse o Secretário-Geral Jens Stoltenberg. Mas as
emissões militares são frequentemente isentas dos objetivos de emissões de
carbono dos países, e o Departamento de Defesa dos EUA, por exemplo, é o maior
consumidor mundial de petróleo, de acordo com a investigação realizada em 2019
por Neta Crawford na Universidade de Boston. Um estudo encomendado pelo
Parlamento Europeu calculou em 2021 que a pegada de carbono dos militares da UE
em 2019 era de cerca de 24,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono
equivalente - mais ou menos o mesmo que as emissões de CO2 de cerca de 14
milhões de automóveis. Um tanque de batalha como o Leopard 2 alemão queima 400
litros de gasóleo para cobrir apenas 100 km. Sabine Siebold, Reuters. Stoltenberg papagueia bem o seu ventríloquo.
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