quinta-feira, 30 de junho de 2022

BE propõe campos de golfe regados com águas residuais recicladas

  • O Bloco apresentou um projeto de lei para obrigar a que a rega dos campos de golfe seja feita na totalidade por águas residuais reutilizadas. Pedro Filipe Soares critica o Governo por falta de medidas face à grave seca e manter tudo como está no que toca ao uso da água. Um campo de golfe consome cerca de 400 mil metros cúbicos de água por ano e apenas dois no país recorrem ao uso de água proveniente de Estações de Tratamento de Águas Residuais para os seus sistemas de rega. Refere que dos 78 campos de golfe do país, 40 estão na região do Algarve, área onde a escassez de água é maior. Segundo os dados do Plano de Eficiência Hídrica do Algarve, 7% do consumo total de água na região é realizado pelos campos de golfe, o que dá conta da dimensão do problema, destaca o projeto de lei apresentado pelo BE. O projeto bloquista prevê que nenhum novo campo de golfe possa ser licenciado e entrar em funcionamento sem um sistema de rega dependente de águas residuais. Fonte.
  • Os líderes dos países do G7 foram acusados de recuar nos objetivos climáticos depois de terem diluído as promessas de parar o investimento em combustíveis fósseis devido a receios sobre a segurança energética decorrente da invasão russa da Ucrânia. O comunicado final divulgado pela cimeira descreve o investimento em gás natural liquefeito como uma resposta necessária à atual crise. Além disso, o G7 incluiu uma lacuna a um compromisso anterior de pôr fim aos investimentos em projetos de combustíveis fósseis até ao final deste ano, afirmando que haveria uma excepção em circunstâncias limitadas claramente definidas por cada país, consistentes com um limite de aquecimento de 1,5C". Na cimeira de Galsgow do ano passado, seis países do G7 concordaram em pôr fim ao financiamento público de projetos de combustíveis fósseis até ao final de 2022, a que se juntou mais tarde o sétimo, o Japão, em maio. O chanceler alemão Olaf Scholz tinha proposto a formulação em torno dos investimentos em gás potencialmente necessários, com o apoio da Itália e a oposição do Reino Unido e da França. Financial Times e Climate Home News.
  • Desde 2009, os terramotos têm vindo a aumentar rapidamente na bacia do Delaware - uma prolífera região produtora de petróleo no Texas Ocidental e Novo México. Esse número crescente de terramotos pode estar ligado à produção de petróleo e gás na região, sugerem investigações recentes. Os autores do estudo analisaram os dados que acompanharam a sismicidade e a produção de petróleo e gás na região entre 2017 e 2020 e verificaram que 68% dos sismos acima da magnitude 1,5 estavam altamente associados a uma ou mais atividades de produção de petróleo e de gás. A fracturação hidráulica é um processo que utiliza fluido pressurizado para criar e ampliar as fraturas na rocha para aumentar o fluxo de petróleo e gás - e a eliminação do que é referido como água de formação em formações geológicas. A água de formação é produzida com petróleo e gás, sendo depois eliminada através da sua injeção em formações geológicas, dizem os investigadores, que estudaram cerca de 5.000 terramotos, escolhendo aqueles acima do limiar de magnitude 1,5. 55% dos terramotos estavam ligados à injeção de água de formação em formações sedimentares. Saphora Smith, Yahoo News.
  • A OTAN pretende reduzir as emissões em 45% até 2030, ser neutra em carbono até 2050, disse o Secretário-Geral Jens Stoltenberg. Mas as emissões militares são frequentemente isentas dos objetivos de emissões de carbono dos países, e o Departamento de Defesa dos EUA, por exemplo, é o maior consumidor mundial de petróleo, de acordo com a investigação realizada em 2019 por Neta Crawford na Universidade de Boston. Um estudo encomendado pelo Parlamento Europeu calculou em 2021 que a pegada de carbono dos militares da UE em 2019 era de cerca de 24,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente - mais ou menos o mesmo que as emissões de CO2 de cerca de 14 milhões de automóveis. Um tanque de batalha como o Leopard 2 alemão queima 400 litros de gasóleo para cobrir apenas 100 km. Sabine Siebold, Reuters. Stoltenberg papagueia bem o seu ventríloquo.

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