segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Espinho: salgueiros abatidos ao longo da linha de água que acompanha o passadiço da Barrinha na zona do aeródromo

  • Um número incalculável de salgueiros foram abatidos ao longo da linha de água que acompanha o passadiço da barrinha na zona do aeródromo de Espinho, denuncia Tânia Araújo. Abre caminho a invasoras, como as mimosas, garante. Estando a Barrinha de Esmoriz integrada na Rede Natura 2000 e sendo considerada pela BirdLife International como Área Importante para a Preservação de Aves, colocam-se algumas questões: quem pediu o abate? Quem o autorizou? Foi feito algum estudo de impactos? Um pássaro veio pousar num ramo de árvore aqui perto e cantou-me que lhe parece que o abate foi realizado para facilitar as manobras de aproximação das aeronaves pilotadas por maçaricos.
  • O governo português pondera a construção de um túnel commais de 50 Km entre a barragem do Cabril, no rio Zêzere, e Belver, no Alentejo, para garantir caudais ecológicos no rio Tejo. «Não é nenhum transvase, a água deixa de fazer uma hipotenusa para passar a fazer dois catetos, mas volta a chegar a Constância. É uma solução com impactos ambientais baixíssimos”, sustentou Matos Fernandes, ministro do Ambiente. Carla Graça, da Zero, considera que é um solução desajustada, que o problema do Tejo precisa de uma solução sustentável de longo prazo, que não passa por artificializar ainda mais a bacia e que a resolução do problema passa pelo uso mais eficiente da água do Tejo a montante, ao nível da agricultura e pela negociação dos caudais com Espanha. Luís Damas, presidente da associação de agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação, defende que o ideal era Portugal ter a barragem do Alvito para evitar estar ao sabor do mercado de eletricidade e dos interesses espanhóis em geral, como acontece atualmente a reboque da subida dos preços da eletricidade no mercado ibérico. Fontes: Público e TSF, via AgroPortal.
  • A associação ambientalista ZERO alertou para a situação preocupante da maioria dos aquíferos de Portugal continental, que apresentam níveis de poluição generalizada que ameaçam a água destinada ao consumo humano. A associação adianta que a agricultura e pecuária intensivas continuam a poluir intensamente os aquíferos, uma situação que foi detetada na análise dos dados sobre a presença de azoto amoniacal e de nitratos nas águas subterrâneas entre 2018 e 2020, com base na informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente. “Face aos dados apresentados anteriormente, a legislação formulada para prevenir a poluição por nitratos parece não estar a ser suficiente para impedir a degradação das águas subterrâneas”, alerta ainda a Zero. Para os ambientalistas, isso resulta da inatividade das entidades com competência na aplicação das medidas definidas no plano de ação, em particular, da Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, e das Direções Regionais de Agricultura e Pescas. Perante estes dados, a Zero exige uma ação imediata dos Ministérios da Agricultura e do Ambiente e Ação Climática, considerando que o estado atual de poluição deste recurso hídrico é improtelável e são necessárias medidas concretas e atualizadas para acometer a situação atual, nomeadamente uma condicionalidade que exclua os prevaricadores de todos e quaisquer apoios públicos que, comprovadamente, coloquem em causa a qualidade de um bem cada vez mais escasso e precioso. Via O Mirante.

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