Texas: dura lição dos apagões - a crise climática custa caro

• Dois ex-ministros de energia da Bulgária estão a ser acusados de má administração que levou a uma perda de cerca de € 250 milhões relacionada com o projeto de construção da central nuclear de Belene. Denitsa Koseva, Intelli News.

• Cerca de 2,7 milhões de pessoas no Texas sofreram cortes de energia quando uma forte tempestade forçou a operadora de rede elétrica do Texas a impor apagões rotativos. Perante temperaturas entre 2C e -22C, Biden, declarou o estado de emergência para desbloquear a assistência federal. Os preços da eletricidade dispararam devido ao aumento da procura e porque as condições climáticas extremas fizeram com que ascentrais desligassem. Estas temperaturas extremas são raras no Texas e sinal de que o mundo que enfrenta um clima mais imprevisível devido ao crescente impacto das alterações climáticas. É irónico verificar que o Texas, apesar de albergar algumas das maiores empresas de petróleo e gás do mundo seja o frio a causar estragos no próprio setor de energia. Os apagões ensinam uma dura lição: a crise climática custa caro. A Califórnia passou por uma situação semelhante há alguns meses, quando uma onda de calor sem precedentes causou interrupções de energia durante uma hora. O agravamento dos eventos climáticos extremos devido à crise climática causará mais falhas como as que aconteceram no Texas. Fontes: Reuters, Bloomberg e Forbes.

• No Rhode Island, sistemas de aquecimento desatualizados, isolamento insuficiente e janelas com correntes de ar conspiram para subir a fatura da energia de muitos locatários. Os locatários pobres são particularmente vulneráveis aos proprietários que não desejam fazer atualizações ou mesmo tirar proveito das melhorias gratuitas de climatização. Grace Kelly, EcoRI News.

• A Beyond Nuclear entrou com uma ação judicial para evitar que a Comissão Reguladora Nuclear dos EUA licencie um cemitério nuclear em Andrews County, no oeste do Texas. A Storage Partners pretende armazenar 40.000 toneladas métricas de combustível altamente radioativo gerado por reatores nucleares nos EUA, totalizando quase metade do estoque atual do país. O cemitério situa-se a cerca de 0,37 milhas da fronteira do Novo México e muito perto do Aquífero Ogallala, uma fonte essencial de irrigação e água potável para oito estados de High Plains. Além de impactar o Texas e o Novo México, o transporte de resíduos para aquele cemitério também colocaria em risco 43 outros estados e o Distrito de Columbia, porque implicaria o transporte de vários milhares de carregamentos de resíduos radioativos de alto risco através das suas estradas e/ou rios, apresentando riscos de fuga de radioatividade perigosa ao longo do caminho. Além de ameaçar a saúde pública, a segurança e o meio ambiente, fugir da lei federal para licenciar este cemitério também impactaria financeiramente o setor público. Transferir a titularidade e a responsabilidade pelo combustível irradiado das empresas nucleares que o geraram para o Departamento de Energia significaria que os contribuintes teriam que pagar muitos milhares de milhões de dólares pelo chamado armazenamento “provisório” dos resíduos. Para não falar das muitas dezenas de milhares de milhões de dólares já apagos pelos contribuintes para financiar um repositório geológico permanente que ainda não se materializou. BNI.

• As autoridades encarregadas de proteger a enorme floresta Prey Lang no norte do Camboja preferem perseguir ativistas ambientais em vez de prender madeireiros ilegais. Mary Menton e Justine Taylor, New Internationalist.