sábado, 24 de outubro de 2020

Suíça e Perú assinam acordo de compensação de carbono

                                                    The Yakas Kauri, Floresta Waipoua, Nova Zelândia    

  • Suíça e Perú assinaram um acordo de compensação de carbono pioneiro no mundo ao abrigo do Acordo de Paris. O Peru obterá financiamento para projetos de desenvolvimento sustentável, enquanto a Suíça receberá créditos pela redução de emissões. Joe Lo, CCN. O acordo prevê que uma taxa sobre os motoristas suíços que abastecem os seus carrões pague autocarros elétricos em Lima. Peritos na matéria consideram o acordo controverso uma vez que a Suíça pode reivindicar os créditos decorrentes de cortes de emissões - uma licença implícita para que os motoristas continuem a conduzir carrões altamente poluentes, enquanto o Peru baixa as suas metas climáticas nacionais, podendo assim vender créditos extra.
  • Fragmentos de material genético Covid-19 podem ser detetados em águas residuais, revela um projeto piloto realizado pelo ministério do Ambiente do Reino Unido e pelo Centro Conjunto de Biossegurança. A partilha de dados com o Serviço Nacional de Saúde pode disponibilizar com antecedência alertas para eventuais surtos do coronavírus. GovUK.
  • A pesca para consumo humano é considerada a maior causa da perda de biodiversidade dos nossos oceanos, segundo o recente Living Planet Report da WWF e da ZSL. Os peixes são uma parte importante da dieta de mais de 3 mil milhões de pessoas, e a pesca e a aquicultura fornecem empregos para cerca de 60 milhões. No entanto, a  nossa pesca não é sustentável. Uma previsão particularmente alarmante publicada na revista Science em 2006 previa que os peixes se esgotariam em 2048. Porém, governos em todo o mundo continuam a atribuir subsídios para manter a pesca industrial insustentável operando nos oceanos, pesca que de outra forma seria financeiramente inviável. Como pode ser? Calcula-se que 84% dos subsídios à pesca vão para a pesca industrial. Isso significa que em vez de apoiar a pesca em pequena escala, a maioria dos subsídios está a ser canalizada para frotas industriais para esgotar os recursos confiados por milhões de pessoas em todo o mundo. Os subsídios que vão no sentido de aumentar a capacidade das frotas de capturar mais peixes são muito perversos - representam quase 60% dos subsídios concedidos globalmente. Em 2018, mais de 5,7 milhões de euros foram gastos no desenvolvimento de uma frota de pesca elétrica industrial na Holanda, um método de pesca que eletrocuta peixes na água). O pior é que isso foi acordado sob o pretexto de ser um equipamento "inovador" em vez de um equipamento incrivelmente destrutivo. A denúncia deste facto espoletou uma imensa campanha que culminou na proibição da pesca elétrica na Europa em 2019. Anna Heath, Sunchronicity Earth.
  • Parlamentares dos principais partidos de oposição ao governo Bolsonaro entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão de um decreto que, de acordo com especialistas, travou na prática a punição por crimes ambientais no Brasil. ClimaInfo.
  • No sul da Nova Zelândia, os proprietários de terras Māori ganham dinheiro mantendo as suas florestas intactas. Monica Evans, CCN.
  • O Banco Mundial está a financiar, através do PT Bank KEB Hana Indonesia (filial do Hana Korea, o 4º maior banco sul-coreano), uma mega central a carvão em Banten. Isabelle Gerretsen, CCN.

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