sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Poucos países estão a cumprir as suas promessas de uma “recuperação verde” da crise do coronavírus

  • Este ano, a França operacionalizou as centrais termoelétricas a carvão muito antes do normal. O motivo: quatro em cada dez reatores nucleares estão desligados, devido ao atraso nas operações de manutenção devido à Covid, mas também à seca, que impossibilita o arrefecimento das instalações. Gaspardd’Allens, Reporterre.
  • O ministério do Ambiente dos EUA rejeita as suas próprias conclusões de que um pesticida prejudica o cérebro das crianças. A nova avaliação contradiz diretamente as conclusões dos cientistas federais de há cinco anos, de que o clorpirifós pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro em infantes. Lisa Friedman, NYTimes.
  • O governador da Califórnia, Gavin Newsom, assinou uma proposta para que o estado proiba a venda de carros movidos a gasolina dentro dos práximos 15 anos. 
  • Esgoto da Embaixada dos EUA, sede da NATO, despejado no rio Cabul, no Afeganistão, devido ao envelhecimento da infraestrutura. JP Lawrence e Zubair Babakarkhail, Stars and Stripes.
  • O Globo revela que investidores internacionais estão a virar as costas ao Brasil, com retirada de investimentos em volume inédito nas últimas décadas. Por um lado, a crise económica causada pela pandemia e as incertezas sobre a capacidade de recuperação do país ajudam a explicar essa fuga de capitais da economia brasileira. Por outro, com o mau humor dos investidores com relação à devastação ambiental no país, a expectativa é de que esse quadro se agrave ainda mais. Célia Mello, ClimaInfo.
  • O Guardian refere estudos que concluem que poucos países estão a cumprir as suas promessas de uma “recuperação verde” da crise do coronavírus. Em vez disso, “centenas de milhares de milhões de dólares serão provavelmente gastos em pacotes de resgate económico que vão aumentar as emissões de gases de efeito estufa”. Entretanto, as principais províncias produtoras e consumidoras de energia da China estão a transferir o equivalente a centenas de biliões de dólares para projetos de combustíveis fósseis, conclui uma análise de Lauri Myllyvirta e Yedan Li, citada pelo Carbon Brief. Se os investimentos se concretizarem, irão triplicar os investimentos previstos para energia de baixo carbono.

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