Espinho está a perder investimentos e reabilitação urbana na primeira linha do mar devido à indefinição do Estado quanto à versão final do Plano da Orla Costeira até Caminha, queixa-se Pinto Moreira, presidente da Câmara. Porto Canal.
A Câmara deve saber que as contingências previstas pelo POC em relação ao edificado na primeira linha do mar se justificam na sequência do projeto do prolongamento em 300 metros do quebra-mar do porto de Leixões, que prevê uma forte deriva marítima para esta zona, com fortes e previsíveis impactos erosivos. As pessoas não deverão investir em zonas sujeitas a forte erosão porque nenhuma seguradora dará cobertura a esses investimentos e seria moralmente injusto e economicamente desastroso obrigar o Estado a cobrir potenciais prejuízos privados, tendo para os quais alertado atempadamente.
Refira-se, a propósito, que o atual executivo camarário, à margem de pareceres contrários de peritos oficiais, concretizou a abertura de uma via permeável em Paramos, numa zona sujeita a forte erosão marítima e suscetível a inundações. Além disso, deu recentemente luz verde a, pelo menos, dois projetos de restaurantes no norte da Alameda Maia-Brenha, numa zona que era areal ainda há 20 anos.
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