Banco Africano de Desenvolvimento suspende subsídios a novas centrais a carvão
- O Daily Mirror de anteontem explica, em editorial, por que dedicava a sua edição à questão da crise climática: «Acreditamos que esta é a questão mais importante do nosso tempo e o desafio é imediato. O mundo está a aquecer a um ritmo alarmante. Dez dos anos mais quentes registados no Reino Unido ocorreram desde 2002.» O jornal sugere a proibição de jatos particulares, a aplicação de impostos mais altos para os veículos mais poluentes, uma nova Lei do Ar Limpo para proteger as crianças, investimentos massivos em todas as formas de transporte público e tarifas mais baixas, para que as pessoas tenham uma alternativa ao uso do carro, um compromisso para tornar todas as novas moradias neutras em carbono, um plano para instalar isolamentos e painéis solares nas propriedades existentes e a plantação de árvores.
- O banco central da Suécia vendeu títulos da província canadiana de Alberta, rica em petróleo, e em Queensland e Western Australia, por consider que as emissões de gases de efeito estufa nos dois países eram muito altas. O vice-governador do Riksbank, Martin Floden, disse que o banco não investirá mais em ativos de emissores com uma grande pegada climática, mesmo que os rendimentos sejam altos. «A Austrália e o Canadá são países que não são conhecidos pelo bom trabalho climático. As suas emissões de gases de efeito de estufa per capita estão entre as mais altas do mundo», afirmou em discurso na Universidade Orebro, na Suécia. Reuters.
- Uma empresa de pesca islandesa subornou funcionários da Namíbia e usou o maior banco da Noruega para transferir 70 milhões de dólares para um paraíso fiscal. A Samherji usou contas do estatal norueguês DNB NOR para transferir o produto das suas capturas em África. Parte do dinheiro vem da pesca de carapau na Namíbia, onde a empresa pagou subornos a funcionários para garantir o seu acesso a cotas. Stundin.
- O Banco Africano de Desenvolvimento não vai financiar um projeto de central a carvão no Quénia e não tem planos para financiar novas centrais a carvão no futuro, conta a Reuters.
- Os EUA limpam grafitos na cúpula de resíduos nucleares das Ilhas Marshall, mas não limpam a radiação lá dentro, o Los Angeles Times. Sobre este problema grave, (re)ler o que este blogue escreveu aqui.
- Um especialista em incêndios indonésio que testemunhou em 500 casos contra empresas acusadas de permitir incêndios nas suas concessões recebeu o Prémio John Maddox por defender a ciência. Bambang Hero Saharjo enfrentou uma série de ameaças e um processo de retaliação ao longo dos anos por empresas contra quem testemunhou. O júri do prémio elogiou Bambang por continuar «a testemunhar e defender o direito constitucional do povo indonésio a um ambiente saudável, um dos poucos cientistas no seu ramo que estão preparados para fazê-lo». Mongabay.
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