Foto de Mehdi Fedouach/AFP/Getty Images
- «(…) o CDS apenas se mostra interessado em capitalizar politicamente através da ameaça de uma moção de censura. Ninguém percebe bem para quê, num Parlamento em que a esquerda está unida para uma legislatura. A ideia que Assunção Cristas dá, cada vez que volta à ameaça, é tão confrangedora como a imagem das populações atingidas pelo fogo a combaterem as chamas com baldes de plástico. Só que no caso das vítimas de incêndio há danos e falta de meios alternativos. No CDS parece haver tão-só chico-espertismo e ausência de qualquer ideia de país. Isto, quando a líder do CDS foi ministra da Agricultura quatro anos e não reza a história que algo tenha feito para contrariar o disparate geral das políticas florestais.(…)» São José Almeida in Costa no seu novelo – Público 29jul2017.
- «(…) Há muito que carrego comigo esta dúvida: será que as imagens televisivas dos incêndios não são elas próprias causadoras de incêndios? Que melhor pode desejar um incendiário do que transformar o seu gesto em tragédia e notícia de telejornal, ver o espectáculo do fogo por si ateado a passar nas televisões? Como o demonstraram as decapitações públicas filmadas e divulgadas pelo Daesh, que atraíam mais voluntários para as suas fileiras, a instantaneidade da partilha de tudo o que vimos ou fazemos acontecer não serve só para os inocentes devotos do Instagram. (…) Diz a Celpa que a lei “reduz o rendimento dos pequenos proprietários com a única espécie florestal rentável num prazo de 10-20 anos”. É justamente aí que está o problema: a tentação do lucro rápido interrompendo o ciclo ancestral de plantar para a geração seguinte e assim sucessivamente. A tentação de pegar em terrenos abandonados pela agricultura e pela pastorícia e neles plantar eucaliptos para vender às celuloses, sem necessidade de qualquer manutenção: os terrenos continuam abandonados, o mato continua por limpar, mas se por sorte não acontecer algum incêndio enquanto as árvores crescem, valeu a pena. Se acontecer, paciência, os bombeiros apagam o fogo e o país paga a despesa. Isto, diz a Celpa, é uma riqueza que representa 5% do PIB. Para eles, talvez; para o país é um desastre — financeiro, humano, ambiental, sociológico. Mas eles têm amigos poderosos em todo o lado, como bem se viu no debate parlamentar em que, honra lhe seja feita, apenas o Bloco de Esquerda defendeu, de princípio a fim, o interesse público.(…)» Miguel Sousa Tavares – Expresso 29jul2017.
- «O responsável da empresa da Electricidade Moçambique no distrito de Namacurra, passou algumas horas detido nas celas do Comando distrital da Polícia da República de Moçambique daquele ponto da província, por ter efectuado corte no fornecimento de energia eléctrica à residência de uma agente da Polícia de Trânsito, por não ter pago a factura de dois meses de consumo de energia.» Macua.
- As autoridades dos Emirados Árabes Unidos proibiram o site e a revista de uma importante empresa por um mês por supostamente publicar «notícias falsas» sobre projetos de construção falhados no Dubai. A Arabian Business retirou o relatório, intitulado «51 projetos do Dubai em processo de liquidação», e publicou uma declaração afirmando «gostaríamos de pedir desculpas sem reservas pela publicação destas informações, o que foi um descuido da nossa parte. Nós excluímos o relatório de todos os nossos arquivos eletrónicos. As informações publicadas relativas aos projetos datam de 2010 e, como tal, estão agora desatualizadas». Middle East Eye.
- O Supremo Tribunal do Paquistão ordenou a demissão do primeiro-ministro Nawaz Sharif por acusações de corrupção. As acusações contra Sharif e três de seus filhos - dois filhos e uma filha - resultaram de divulgações dos Panama Papers, que revelaram revelou que os filhos possuíam apartamentos numa zona cara de Londres através de uma série de offshores. NYTimes.
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