«Alguns dos responsáveis pela destruição do Tejo são os agricultores. A ganância de cultivar mais dois palmos de terra levou à destruição dos caminhos marginais ao rio. A destruição sistemática do salgueiral, sem qualquer fiscalização (apesar de ilegal), leva à perda de margem, de terras aráveis e consequente assoreamento do leito do rio.
Os pescadores Avieiros protegiam as margens ganhando terra com uma técnica simples de cortar os Salgueiros até metade do tronco derrubando-os para dentro de água onde cresciam e protegiam a margem (maracha, como lhe chamavam).
Hoje, temos a voracidade do lucro imediato. Destruímos, não pensando nas gerações futuras. Raros são os pontos onde se consegue chegar ao rio. Os caminhos foram lavrados, tragados na ganância de obter terra arável. Sabem que num futuro próximo vão pagar a factura. Muitos já a estão a pagar agora. Não querem saber! São tão criminosos como os que poluem. A culpa a quem a tem.»
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