quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Quem quer facilitar a privatização da água?

Por motivos desconhecidos, a poeira de enxofre que cobre a superfície da zona hidrotermal de Dallol, na Etiópia, começou subitamente a arder gerando as espetaculares chamas azuis da imagem. O incêndio durou três dias, libertando ácido sulfúrico para a atmosfera. Foto de Olivier Grunewald.


  • O Parlamento português rejeitou, com os votos do PS, PSD e CDS, os projetos de lei que retomavam na íntegra o conteúdo da iniciativa legislativa de cidadãos «Proteção dos direitos individuais e comuns à água», apresentada em 2013. Em 2014, esta iniciativa legislativa merecera o apoio do PS, mas fora rejeitada pela maioria PSD-CDS. Ficam, assim, abertas as portas da privatização da água que submete este bem essencial à lógica do lucro, lesando gravemente os direitos das populações. FB.
  • A Procuradoria-Geral da República considera que a Portfuel, de Sousa Cintra, não tem direito à devolução de rendas e taxas pagas desde 2015 para a prospeção e exploração exclusiva de petróleo no Algarve. Lusa/ASMAA.
  • Em Moçambique, apesar da proibição da exportação de madeira em bruto, apinham-se contentores cheios de madeira nos portos do norte com destino à China. Madeireiras como a Mofid e a Peng Pai Forest Company andam muito ativas no porto de Pemba, e os cargueiros à sua conta navegam sob bandeiras de Singapura e das ilhas Marshall. As autoridades de Cabo Delgado cancelaram a licença de exploração à Mofid por abate ilegal de madeira, mas a empresa continua a operar através de empresas a que se associa, como a Henderson International, a Jian International e a Kam Wam, ou através de filiais como a Pemba Construction e a Hui Yuan Fishery.  A Environmental International Agency já denunciou o envolvimento neste negócio ilegal de pessoas como o ministro da agricultura José Pacheco e o antigo ministro Tomas Mondlane. Entretanto, as autoridades já apreenderam 1.300 contentores de madeira no porto de Nacala. Oxpeckers.

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