Associação contra Projeto Porto Cruz

Foto de Jérémie Villet. 

• Se o Festival «Marés Vivas» continuar a realizar-se junto à Reserva Natural do Estuário do Douro, em Gaia, os seus promotores serão processados, avisa a Quercus. O festival representa enormes impactos não só para as aves que aí nidificam como também para outros habitats alterados por ação de terraplanagens feitas antes do festival. Eduardo Vitor Rodrigues, presidente da câmara de Gaia, admite que haverá promotores interessados em deslocalizar o evento para concelhos vizinhos, mas diz-se surpreendido por, durante 13 anos, nunca ninguém ter apresentado queixa pelo facto de o festival se ter realizado numa zona onde estavam previstos três loteamentos de prédios de 9 pisos, em cima do rio e contra os quais a sua autarquia está a lutar pelos fortes impactos evidentes que iriam provocar. «Ora, se durante 13 anos o Festival não teve impactos negativos, não será por umas centenas de metros de distância que o impacto nascerá, nem os decibéis aumentarão. Mais ainda: está totalmente salvaguardada a reserva e toda a instalação será amovível e exclusiva para os três dias. Como não podia deixar de ser, até pelas imposições legais existentes, que respeitamos», frisou. DN.
• O Projeto Porto Cruz conta com a oposição frontal da Associação Vamos Salvar o Jamor que avisou ir recorrer aos tribunais para impedir a concretização de projeto tão aberrante. Patrocinado pela câmara municipal de Oeiras e promovido pelo Grupo SIL, o Projeto Porto Cruz prevê a construção de um mega empreendimento no Vale do Jamor, mesmo em cima do rio, com 8 edifícios, dos quais 5 torres de 20 andares, uma marina, centros comerciais, estradas, viadutos e gigantescos parques de estacionamento, tudo sobre um bunker de betão com uma altura de cerca de 12m. Para aquela Associação, o projeto ameaça destruir para sempre a tranquilidade do Vale do Jamor e agravar o risco de cheias na Cruz Quebrada, para além de implicar a destruição da praia da Cruz Quebrada e das praias de Caxias. PPL.
• Pode consultar aqui as ações de formação previstas pela Liga para a Proteção da Natureza.
• O ministério da Justiça dos EUA acaba de processar a Volkswagen por alegada violação da Clean Air Act ao instalar software ilegal com o objetivo de manipular sistemas de controlo de emissões em 600 mil veículos. Reuters.