O esquema dos créditos de carbono alimenta o roubo de terras e o genocídio e enriquece as grandes corporações, escreve Nafeez Ahmed no The Guardian.
O drama que os habitantes de Sengwer, no Quénia, vivem, prova que o esquema de comércio de emissões, patrocinado pelas Nações Unidas e pelo Banco Mundial em nome de uma gestão dita sustentável de florestas, está a aumentar a recolonização do Sul enquanto fomenta o genocídio de populações.
Entre 2000 e 2010, milhões de hectares de terras na Ásia, em África e na América Latina foram compradas ou negociadas em nome de governos estrangeiros ou multinacionais. O objetivo era produzir culturas para biocombustíveis para exportação para países ricos. O processo forçou a deslocalização de muitas comunidades que ficaram sem terras e sem meios de subsistência enquanto as corporações fazem tudo para obter o máximo rendimento, sem respeito por normas que prometeram seguir.
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