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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

NAZARÉ: ÁGUA POLUÍDA CONTAMINA MAIS DE 100 PESSOAS

Praia do Norte na Nazaré, Portugal, Dezembro 22, 2019. REUTERS/Rafael Marchante RAFAEL MARCHANTE / REUTERS/Público
  • 116 pessoas foram assistidas na sequência da contaminação na água da praia da Nazaré, ocorrida na sexta-feira, 1 de agosto após avaria na Etar que originou uma descarga nos esgotos pluviais e maus cheiros. A proibição de banhos foi levantada no domingo. Fonte. Porque será que os tradicionais motores de busca escondem imagens desta ocorrência? Será para não beliscar as negociatas que giram à volta da onda gigante?
  • “Em pouco mais de um mês, Lisboa foi contemplada com dois artigos no jornal britânico The Guardian por motivos de que não se pode orgulhar. O primeiro, publicado em 25 de Junho, assinado por Agustín Cocola-Gant (um investigador do IGOT, Instituto de Geografia da Universidade de Lisboa) inseria-se numa série de reportagens que o jornal está a publicar sobre a crise da habitação na Europa. O artigo consiste na descrição dos factores bem conhecidos que transformaram radicalmente a cidade na última década, de tal modo que ela passou de uma das mais acessíveis capitais europeias a uma das mais inacessíveis, sobretudo (mas não exclusivamente) por causa do preço da habitação. Quanto ao segundo artigo, publicado no dia 27 de Julho, trata-se de um relato na primeira pessoa, de uma “nómada digital” inglesa, que veio de Londres para Lisboa em 2019. Agora, perante a acentuada gentrificação, notando o crescimento de tensões que eclodem no racismo e na xenofobia, sentindo um certo mal-estar na sua condição de estrangeira que beneficia de regalias que não são concedidas aos portugueses, olhando à sua volta e vendo que a cidade, em todos os aspetos da vida urbana, ficou conformada à lógica do turismo e dos residentes temporários estrangeiros, esta inglesa, chamada Alex Holder, faz a si própria esta pergunta: ‘Chegou a hora de os nómadas digitais como eu saírem de Lisboa?’ Quem conhece alguns, sabe que esta questão começa a ser recorrente. Evidentemente, nenhum destes diagnósticos e descrições traz dados novos ao que todos conhecemos. Mas dito por estrangeiros e publicado num jornal britânico tem mais peso, na medida em que nos faz perceber que a incomodidade cresce mesmo entre aqueles que julgamos serem os felizes beneficiários da transformação da cidade. A queda do prestígio alastra e está a tornar-se pública para além das fronteiras. Ninguém gosta de viver numa cidade Potemkin. Esta situação, que as administrações políticas de Lisboa acolheram e promoveram com grande entusiasmo, atingiu a máxima intensidade quando outras cidades já estavam a tentar restringir as causas que provocam a catástrofe urbana do nosso tempo. Não faltam as reflexões sobre os devastadores efeitos urbanísticos, sociais e económicos sofridos por cidades como Lisboa. Mas já é mais raro encontrarmos análises do empobrecimento cultural que daí advém. Uma cidade feita de hotéis e de apartamentos com licenças de arrendamento a curto prazo (no centro histórico de Lisboa, metade das casas está por conta do Airbnb, escreve Agustín Cocola-Gant no seu artigo), uma cidade que expulsou os seus habitantes, transforma-se num deserto cultural. (...) A cidade como uma incubadora cultural é uma imagem poderosa que teve o seu tempo, que pode ter ainda, algures, algumas manifestações. Mas não em Lisboa, que é um exemplo dramático de cidade culturalmente estéril. Como pode sobreviver uma “cidade criativa” se às suas portas se estende um território habitado por uma população privada de casa e de segurança, se o seu centro foi colonizado pela cultura do entretenimento para a ocupação dos tempos livres dos novos “criativos” e dos seus residentes de passagem?” António Guerreiro, A cidade que resta – Público.
  • Ecologistas em Ação denuncia a persistência de descargas poluentes no litoral de Granada. Segundo esta organização ambientalista este problema é recorrente todos os Verões, agravado pelo aumento da população flutuante com a chegada maciça de turistas. Além disso, há urbanizações e edifícios isolados não ligados à rede pública de esgotos, que descarregam os seus resíduos diretamente para ravinas ou fossas sépticas, poluindo aquíferos, nascentes e poços. Por outro lado, alguns núcleos populacionais continuam a não tratar as suas águas residuais, que são descarregadas no mar através de emissários submarinos sem tratamento adequado. Fonte.
Uma torneira de plástico gigante que expele plásticos provenientes de Kibera, o maior bairro de lata de África. O artista e ativista internacional Benjamin Von Wong exibiu esta escultura na sede da ONU em Nairobi, Quénia.
  • Tratado da ONU sobre os plásticos: Será que as negociações em Genebra vão finalmente conseguir avançar? De 5 a 14 de agosto, representantes de mais de 170 países, bem como da ciência, da sociedade civil e da indústria, reúnem-se na Suíça para prosseguir as negociações com vista a um acordo juridicamente vinculativo para combater a poluição global por plásticos. Fonte.

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