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segunda-feira, 30 de junho de 2025

GIRONA: PESCAR MENOS PARA PESCAR MELHOR

  • Há mais de uma década, os pescadores de Roses (Girona) chegaram a um acordo oral para suspender a pesca da pescada na zona. A proibição, que ainda hoje se mantém, melhorou o ecossistema marinho e estabeleceu uma união atípica entre o sector das pescas, os cientistas e as ONG. Fonte.
  • Carmen Bravo, a médica de família que luta contra as terras raras: "O impacto na saúde é transgeracional perto de uma mina". Após 39 anos em clínicas rurais de Ciudad Real, esta médica decidiu colocar-se na linha da frente da luta contra a exploração mineira de terras raras em Espanha. "A mineração verde não existe", denuncia. Fonte.
  • Técnicos do Centro Nacional de Investigação Científica francês, a bordo do navio oceanográfico L'Atalante, localizaram mil bidões carregados de resíduos radioativos a 700 quilómetros da costa galega, uma ínfima parte dos milhares de toneladas de barris radioativos presentes nesta zona da fossa atlântica, o ponto com maior quantidade de resíduos radioativos do planeta, afirmam os ecologistas. A Greenpeace afirma que navios holandeses, belgas e britânicos despejaram 142.000 toneladas de resíduos nucleares entre 1940 e 1980, pelo que a organização exige agora que tanto a UE como o Governo espanhol assumam a responsabilidade pelo depósito de resíduos mais radioativo do planeta. Fonte.
Foto: Kurt Strazdins
  • “Como neta de alentejanos posso dizer que a pior coisa que se pode fazer num dia de calor é abrir janelas. Devem estar fechadas e os estores em baixo, até que ao final do dia se abrem para arejar. Como historiadora posso garantir que ninguém morre de calor, ao contrário do que diz a DGS – a menos que se caia no deserto de avião e a rigor não se morre de calor mas em consequência do desastre. Não há “mortes pelo calor”, há mortes porque há milhares de idosos abandonados, sem cuidados de saúde públicos e os filhos deles estão a trabalhar por turnos, longe e sem dinheiro; há mortes porque a arquitetura sucumbiu ao lucro e as casas são mal construídas; há mortes porque a educação para a natureza não existe, num país em que praticar (não em teoria) a vida na praia, nas correntes, no calor, devia ser parte integrante dessa disciplina chamada educação física; (…) há mortes porque o turismo criou uma imagem para fazer lucrar os resorts que ensina todos os dias milhares de pessoas a irem torrar ao meio dia para a costa. (…)” Raquel Varela, Não se morre de calor, morre-se de capitalismo.

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