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terça-feira, 1 de julho de 2025

BICO CALADO

  • “Keir Starmer manifestou a sua indignação pelo facto de a BBC ter transmitido inadvertidamente a banda punk Bob Vylan, que liderou a multidão em Glastonbury num cântico de "Morte às IDF" - as chamadas "Forças de Defesa de Israel", responsáveis pelo massacre de dezenas de milhares de palestinianos em Gaza nos últimos 21 meses. Chamou ao cântico "discurso de ódio terrível" - aparentemente sem saber que há crimes muito piores do que odiar os soldados que levam a cabo o massacre em massa de crianças. Essas coisas piores, claro, incluem o massacre em massa de crianças. A BBC pediu desculpa, considerando os comentários da banda "profundamente ofensivos" - mais ofensivos, aparentemente, do que Israel bombardear e matar à fome as crianças de Gaza.” Jonathan Cook, Substack.
  • Soldados e oficiais israelitas disseram que receberam ordens para disparar contra civis desarmados que esperavam por comida em Gaza. Fonte.
  • Os empreiteiros privados contratados pelo exército israelita estão a receber 5.000 shekels (cerca de 1.500 dólares) por cada casa palestiniana que demolam na Faixa de Gaza. Foram tomadas decisões no terreno que consideram aceitável o assassinato de civis palestinianos, incluindo os que procuram alimentos, para garantir este pagamento. Um soldado israelita atualmente destacado em Gaza disse ao Haaretz: "Todos os empreiteiros privados que trabalham em Gaza com equipamento de engenharia ganham 5.000 shekels por cada casa que destroem. Estão a ganhar muito dinheiro". E continuou: "Qualquer momento em que não estejam a demolir casas é uma perda financeira, e o exército israelita tem de os manter a trabalhar." Fonte.
  • O exército israelita matou 785 atletas e dirigentes desportivos palestinianos em Gaza e na Cisjordânia desde outubro de 2023, informou a Federação Palestiniana de Futebol. As mortes incluem jogadores e pessoal administrativo de vários desportos, com a grande maioria morta em Gaza e 23 na Cisjordânia ocupada. Fonte.
  • Uma empresa estatal israelita do sector da defesa beneficia dos programas militares da UE. Milhões de fundos europeus para a defesa beneficiam a Israel Aerospace Industries (IAI), graças a uma isenção que permite a participação de entidades estrangeiras nos projetos. A IAI é propriedade do governo de Israel e os seus drones de vigilância foram utilizados em operações militares em Gaza. Desde 2023, a IAI é proprietária da Intracom Defense, uma empresa sediada na Grécia. A aquisição não só expandiu o alcance da IAI na Europa, como também lhe deu uma posição de destaque nos projectos do Fundo Europeu de Defesa (FED). A Intracom Defense está atualmente envolvida em 15 projetos do FED - 7 foram adjudicados após a sua venda à IAI e o início do conflito em Gaza. Entre eles está o Actus, um programa de drones de 59 milhões de euros cofinanciado pela Comissão e por 7 governos da UE: França, Suécia, Noruega, Chipre, Áustria, Alemanha e Finlândia. Fonte.
  • A guerra secreta da Palantir contra o Irão. Kit Klarenberg, Substack.
EPA/RTP
  • “Sr. Presidente, querido Donald. Parabéns e obrigado pela sua ação decisiva no Irão, que foi verdadeiramente extraordinária e algo que mais ninguém se atreveu a fazer. Isso torna-nos a todos mais seguros. Esta noite, em Haia, está a voar para mais um grande sucesso. Não foi fácil, mas conseguimos que todos assinassem a 5 por cento! Donald, conduziu-nos a um momento muito, muito importante para a América, a Europa e o mundo. Vai conseguir algo que NENHUM presidente americano em décadas conseguiu fazer. A Europa vai pagar em GRANDE, como deve, e a vitória será sua. Boa viagem e vemo-nos no jantar de Sua Majestade!” Mensagem de Mark Rutte a Trump. Fonte.
  • “(…) depois da era do Covid, inaugurámos uma tradição ainda pior que é a de empurrar para as rédeas do pais pessoas a quem não conhecemos um pensamento político. O almirante Gouveia e Melo, até à data, sendo o melhor posicionado (segundo as sondagens) para suceder ao Marcelo, tem para nos oferecer um talento para a distribuição de caixotes e outro para ser envergonhado pelos tribunais, depois de exigir que marinheiros entrassem num barco pronto para se afundar. Ah...e sabemos também que, se a Nato pedir, ele acha que devemos ir morrer seja onde for. É isto que conhecemos do homem que queremos ver em Belém. Agora, outro militar de carreira [Isidro Morais Pereira], que ficou conhecido nos últimos 3 anos por jurar que a Ucrânia ganharia a guerra depois de receber o "game changer" [inserir tanque/canhão/avião à escolha], disse aos microfones da rádio observador que pondera avançar para a corrida presidencial. Porquê? Porque as pessoas na rua lhe pedem isso. Quem? Quem é que no seu perfeito juízo pede a um homem, que na sua profissão já demonstra pouco talento e que parece que lê um guião da Nato a cada intervenção na CNN, que concorra à presidência do país? Para além de ser uma caixa de ressonância, que pensamento político ou ideia de país é que alguém conhece a esta personagem? Bem sei que temos bancadas parlamentares com Frazões, Arrudas, Matias e Núncios, ministérios com Melos e autarquias com antigos presidiários mas porra, não é preciso chafurdar ainda mais na lama. Estamos a uma plantação de bananas de meter o Ronaldo em São Bento e a Cristina Ferreira em Belém. (…)” Tiago Franco.
  • “(…) A SPINUMVIVA não é apenas uma “empresa de consultoria”; é, no mínimo, um veículo de planeamento fiscal agressivo, usado para transformar rendimentos tributáveis em IRS (honorários) em lucros empresariais sujeitos a IVA. Esta engenharia permite reduzir drasticamente a carga fiscal, deduzir despesas pessoais como se fossem empresariais, adquirir bens e serviços privados e, ainda, pedir o reembolso do IVA. Tudo legal? Talvez na forma, mas imoral e antiética na substância, sobretudo vindo de um responsável máximo do Governo. Basta uma simples análise às contas da SPINUMVIVA, cruzando os fluxos financeiros, as despesas declaradas e os proveitos registados, para desmontar este esquema. Montenegro mantém a empresa, alegadamente em nome dos filhos, mas retendo controlo e beneficiando economicamente. Isto já seria, por si só, motivo de escrutínio. Pior ainda, existem fortes indícios de que parte das receitas possa resultar de avenças fictícias — contratos sem efetiva prestação de serviços — o que configura corrupção passiva e ativa, um crime grave em qualquer democracia digna desse nome. A recusa em permitir o acesso público às declarações de rendimentos agrava ainda mais a suspeita: o que há a esconder? Por que motivo um primeiro-ministro, que deveria ser o primeiro a dar o exemplo de transparência, opta pelo secretismo? As declarações substituídas devem ser tornadas públicas de imediato, de modo a verificar se nelas foram inseridos dados falsos ou manipulados. A eventual falsificação ou omissão de rendimentos constitui crime de falsidade e pode levar à perda de mandato e inelegibilidade futura. (…)” Hermínio Cerqueira.
  • Os interesses britânicos disfarçados de solidariedade à Ucrânia. Foicebook.
  • A Alemanha pretende criar um centro germano-israelita de investigação cibernética e aprofundar a colaboração entre os serviços secretos e as agências de segurança dos dois países, afirmou no domingo o ministro alemão do Interior, Alexander Dobrindt. Fonte.

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