AVEIRO: ORDENAMENTO DEFICIENTE E MONOCULTURAS FLORESTAIS SÃO DUAS CAUSAS DOS INCÊNDIOS
- O distrito de Aveiro
está a ser severamente afetado pelos incêndios florestais devido à
falta de ordenamento do território e monoculturas florestais, diz a
Quercus. Os ambientalistas aponta o dedo às vastas monoculturas de
eucalipto junto de aglomerados populacionais e o perigo dos incêndios
rurais graves. “Na última década a recorrência do ciclo de
incêndios tem aumentado com destaque para os concelhos de Oliveira
de Azeméis, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga e Águeda”, lembra,
também, a Quercus identificando no concelho de Albergaria-a-Velha,
junto da A1, A29 e A5 “eucaliptais sem descontinuidades, ardidos em
regeneração e rearborizações novamente até junto das
autoestradas e outras estradas.” Os ambientalistas defendem que a
ocupação dos espaços florestais deve ser diferente com a
diversificação das culturas, nomeadamente recorrendo a plantações
com espécies de folhosas autóctones mais resilientes ao fogo, como
os carvalhos, sobreiro, medronheiro, freixo e castanheiro.” A
Quelcus sublinha ainda a incapacidade de muitas autarquias em
elaborar e cumprir os planos municipais de defesa de florestas contra
incêndios e os planos operacionais municipais. Fonte.
- Ambientalistas da Climáximo cobriram a fachada da sede da
empresa de celulose Navigator, em Lisboa, com cartazes que
responsabilizam as empresas de fabrico e comercialização de papel
pelos incêndios em Portugal. Segundo a organização, os governos e
as empresas há décadas sabiam que as suas ações de queima de
combustíveis fósseis matariam pessoas, mas continuam a investir
nesta indústria de morte. A Climáximo explica que a sede da
Navigator foi escolhida pela sua responsabilidade acrescida nas
mortes, uma vez que não só é uma das empresas que mais emite gases
com efeito de estufa mas é também a grande arquiteta da destruição
da floresta autóctone portuguesa para a converter em eucaliptal
inflamável para alimentar a indústria da celulose. Fonte.
- “Acabaram
os eucaliptos que cobriam grande parte do concelho! Albergaria
está safa, nos próximos 5 a 7 anos não arde mais nada até
crescerem de novo. Portugal precisa é de um Ministério do
Eucaliptal, afinal segundo alguns importantes é o futuro petróleo
para Portugal... Pelo menos arde como o petróleo!” Carlos Rio.
- Uma
enorme operação de "greenwashing" está a desenrolar-se
discretamente em toda a Europa, afetando milhares de investidores que
acreditam estar a apoiar iniciativas amigas do ambiente. Estes
investidores compraram obrigações com "rótulo verde"
emitidas pela Eni, a maior empresa italiana - e a 13ª maior do mundo
- de combustíveis fósseis. O problema é que estas obrigações
podem muito bem estar a financiar atividades emissoras de carbono,
prejudicando a própria transição energética e os objetivos
climáticos que a Eni afirma apoiar. Os
ativistas
da Reclaim
Finance avisam:
"o mercado de obrigações tornou-se um porto seguro para o
acesso fácil ao financiamento dos combustíveis fósseis".
Fonte.
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