quarta-feira, 18 de setembro de 2024

AVEIRO: ORDENAMENTO DEFICIENTE E MONOCULTURAS FLORESTAIS SÃO DUAS CAUSAS DOS INCÊNDIOS

  • O distrito de Aveiro está a ser severamente afetado pelos incêndios florestais devido à falta de ordenamento do território e monoculturas florestais, diz a Quercus. Os ambientalistas aponta o dedo às vastas monoculturas de eucalipto junto de aglomerados populacionais e o perigo dos incêndios rurais graves. “Na última década a recorrência do ciclo de incêndios tem aumentado com destaque para os concelhos de Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga e Águeda”, lembra, também, a Quercus identificando no concelho de Albergaria-a-Velha, junto da A1, A29 e A5 “eucaliptais sem descontinuidades, ardidos em regeneração e rearborizações novamente até junto das autoestradas e outras estradas.” Os ambientalistas defendem que a ocupação dos espaços florestais deve ser diferente com a diversificação das culturas, nomeadamente recorrendo a plantações com espécies de folhosas autóctones mais resilientes ao fogo, como os carvalhos, sobreiro, medronheiro, freixo e castanheiro.” A Quelcus sublinha ainda a incapacidade de muitas autarquias em elaborar e cumprir os planos municipais de defesa de florestas contra incêndios e os planos operacionais municipais. Fonte.
  • Ambientalistas da Climáximo cobriram a fachada da sede da empresa de celulose Navigator, em Lisboa, com cartazes que responsabilizam as empresas de fabrico e comercialização de papel pelos incêndios em Portugal. Segundo a organização, os governos e as empresas há décadas sabiam que as suas ações de queima de combustíveis fósseis matariam pessoas, mas continuam a investir nesta indústria de morte. A Climáximo explica que a sede da Navigator foi escolhida pela sua responsabilidade acrescida nas mortes, uma vez que não só é uma das empresas que mais emite gases com efeito de estufa mas é também a grande arquiteta da destruição da floresta autóctone portuguesa para a converter em eucaliptal inflamável para alimentar a indústria da celulose. Fonte.
  • “Acabaram os eucaliptos que cobriam grande parte do concelho! Albergaria está safa, nos próximos 5 a 7 anos não arde mais nada até crescerem de novo. Portugal precisa é de um Ministério do Eucaliptal, afinal segundo alguns importantes é o futuro petróleo para Portugal... Pelo menos arde como o petróleo!” Carlos Rio.

  • Uma enorme operação de "greenwashing" está a desenrolar-se discretamente em toda a Europa, afetando milhares de investidores que acreditam estar a apoiar iniciativas amigas do ambiente. Estes investidores compraram obrigações com "rótulo verde" emitidas pela Eni, a maior empresa italiana - e a 13ª maior do mundo - de combustíveis fósseis. O problema é que estas obrigações podem muito bem estar a financiar atividades emissoras de carbono, prejudicando a própria transição energética e os objetivos climáticos que a Eni afirma apoiar. Os ativistas da Reclaim Finance avisam: "o mercado de obrigações tornou-se um porto seguro para o acesso fácil ao financiamento dos combustíveis fósseis". Fonte.

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