O Ministro da Agricultura criticou os “radicais verdes” que se manifestam contra a construção de barragens e alertou que é preciso simplificar os projetos relacionados com o setor e acabar com a burocracia existente.
“Aquilo que depois nós temos de fazer é um outro trabalho que é a simplificação, que é acabarmos com a burocracia, eu sei que neste país há muita gente que é paga para criar problemas, no fundo, e não para resolvê-los, mas isso é algo que tem de acabar”, disse José Manuel Fernandes.
O governante, que falava na cerimónia de assinatura do contrato da empreitada de construção da rede de rega do aproveitamento hidroagrícola do Xévora, em Campo Maior, no distrito de Portalegre, deu como exemplo a morosidade que muitas vezes leva a obter, por exemplo, uma declaração de impacte ambiental.
“Uma declaração de impacte ambiental não pode demorar cinco anos, é um prejuízo enorme que tal aconteça. Felizmente temos um primeiro-ministro que não só considera a Agricultura como estratégica e estruturante como depois tem este objetivo da simplificação, este objetivo de acelerar processos”, sublinhou.
“A água é prioritária para a agricultura, a mim causa-me alguma confusão que haja, por exemplo, radicais como eu lhes chamo, radicais verdes, que são contra as construções de barragens, contra o armazenamento de água, isso era promover o deserto numa série de sítios, era contra o ambiente”, acrescentou.
José Manuel Fernandes sublinhou que a agricultura “não é inimiga” do ambiente e que as barragens ajudam à biodiversidade e ajudam ao ambiente e ao combate às alterações climáticas.
“Há quem queira eliminar barragens, o que era um desastre, conduzia não só ao abandono do território como ao aumento da seca e de problemas ambientais”, lamentou.
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