sexta-feira, 30 de agosto de 2024

BICO CALADO

  • (…) Foi sob Maria Luís Albuquerque que foram  concluídas as ruinosas privatizações da Rede Elétrica Nacional, da EGF, da EDP e da ANA, um processo de desmantelamento das empresas públicas que já tinha sido começado com Guterres (Albuquerque já tinha desempenhado funções de assessoria ao Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças deste primeiro-ministro em 2001). Depois de contribuir para o aprofundamento da crise económica vivida em Portugal, à saída do governo Albuquerque foi contratada em 2016 pela Arrow Global, o fundo abutre que na altura liderava a compra de crédito malparado em Portugal. Na porta-giratória, a ex-Ministra da austeridade era contratada por uma das empresas que mais lucrava com a desgraça da economia e das famílias endividadas. O fundo Arrow negociava com os depojos do Banif falido e lucrava com o processo que Maria Luís Albuquerque tinha aplicado na resolução do banco. Em 2015, pediu a Wolgang Schäuble, então ministro das Finanças da Alemanha, para não ceder nas negociações do Eurogrupo sobre a Grécia, que se encontrava em crise. Albuquerque tentou desmentir a notícia, mas o ministro das Finanças grego da altura, Yanis Varoufakis, não deixou de lamentar que os governantes portugueses tenham sido “mais alemães do que a Alemanha” na defesa da política de austeridade europeia. Mais recentemente, Maria Luís Albuquerque apresentou o livro Um Século de Escombros do deputado do Chega Gabriel Mithá Ribeiro, livro esse que tem dedicatória a Donald Trump, Jair Bolsonaro, à Nova Direita Europeia e ao povo de Israel. Na apresentação a economista dramatizou um "espírito inquisitorial em que as pessoas são vigiadas e denunciadas" cuja culpa atirou para cima "da esquerda portuguesa". Com a sua indicação para comissária europeia, Maria Luís Albuquerque regressa a funções onde contribuirá para o desinvestimento no Estado social, bem como para a longa lista de governantes promíscuos com os negócios que passaram pela Comissão Europeia.” Fonte.

  • (…) Em 1974 e em 1975 uma revolução que pusesse em causa o sistema de governo estabelecido na Europa Ocidental após a Segunda Guerra não era e não foi imprescindível à sobrevivência de Portugal, um dos mais pobres e menos desenvolvidos países da Europa, bastava aceitar a independência das colónias e instaurar um regime legitimado por eleições. A Comunidade Económica Europeia, a “Europa connosco”, no slogan de Mário Soares, o político que há cinquenta anos evitou a revolução, representava o porto de abrigo e a esperança de bom acolhimento sem os riscos de aventuras revolucionárias. Otelo estava fora do tempo. Por isso foi então derrotado e por isso é hoje votado ao ostracismo. Entretanto muito mudou nestes cinquenta anos e hoje a revolução deixou de ser uma proposta extravagante e limitada a um país para passar a ser nos tempos que correm uma questão de sobrevivência da União Europeia. A União Europeia não sobreviverá enquanto espaço de liberdade e de bem-estar se for um Estado vassalo de uma das superpotências, como território de confronto indireto entre os Estados Unidos, a Rússia e a China, um espaço que não merece a confiança dos BRICS, que corresponde ao antigo Terceiro Mundo, ou ao Movimento dos Não Alinhados, nem terá acesso às suas matérias-primas e aos seus mercados. A União Europeia não sobreviverá sem uma cultura e uma ideologia mobilizadora. Sem um projeto global! (…)” Carlos Matos Gomes, Projeto Global e Revolução Atual – Medium.
  • O objetivo da detenção em França de Pável Dúrov, cofundador do serviço de mensagens Telegram, é encobrir o que realmente está a acontecer na Faixa de Gaza e na Cisjordânia,  noticia o jornal turco Sabah.
  • Em 2025 assinala-se o 50.º aniversário da morte do ditador espanhol Francisco Franco e do regresso da democracia ao país ibérico. Para comemorar a efeméride, a cidade catalã de Girona decidiu eliminar completamente do espaço urbano todos os símbolos que recordem essa época. Promulgada em 2022, a lei prevê que, quando os símbolos contrários à memória democrática se encontrem em edifícios privados ou religiosos virados para um espaço público, as pessoas ou instituições que os detêm devem retirá-los ou eliminá-los. Fonte.

Este ubíquo loquaz diz tantas asneiras, mas os media de reverência andam sempre com ele ao colo.

  • 24 Estados-Membros da UE vêem uma grande parte das suas vagas de professores por preencher no início de cada ano letivo, muitas vezes graças aos baixos salários, à elevada carga de trabalho e ao envelhecimento da população docente. A Suécia é um dos países mais afectados, com 153 000 professores qualificados necessários até 2035. Fonte.
  • O jornalista palestiniano Mohamed Abd Rabbo e a sua irmã Sumaya foram mortos quando o exército de ocupação israelita levou a cabo um ataque aéreo ao seu apartamento no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza. Fonte.

  • Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os Territórios Palestinianos Ocupados, afirma que Israel está a cometer um genocídio contra o povo palestiniano em Gaza e na Cisjordânia. No seu relatório, "Anatomia de um genocídio", a relatora acusa o governo de Netanyahu de violar o direito internacional para atingir objetivos genocidas nos territórios ocupados. Fonte.
  • A Amnistia Internacional apelou à União Europeia para que respeite o parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sobre a ocupação israelita de terras palestinianas e ponha fim ao "business as usual" com Israel. Numa carta dirigida ao Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, bem como aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-Membros da UE, a organização de defesa dos direitos humanos sublinhou que o fornecimento de armas e de equipamento a Israel, bem como o comércio e o investimento nos colonatos ilegais israelitas, violam as obrigações da UE ao abrigo do direito internacional. A ocupação israelita e a sua anexação do território palestiniano são ilegais, tal como o são a sua política de estabelecimento de colonatos, a confiscação de terras e a exploração dos recursos naturais do Território Palestiniano Ocupado. As políticas, leis e práticas discriminatórias de Israel contra os palestinianos violam a proibição da discriminação racial e do apartheid", afirmou Eve Geddie, diretora do Gabinete das Instituições Europeias da Amnistia Internacional. Fonte.
  • O Crescente Vermelho Palestiniano informou que o exército de ocupação israelita está a impedir a entrada de equipas médicas no campo de refugiados de Nour Shams, perto de Tulkarm, no norte da Cisjordânia ocupada. Fonte.
  • Liz Truss considerou a possibilidade de interromper o tratamento do cancro financiado pelo Estado enquanto lutava para evitar o colapso das finanças públicas do Reino Unido. Fonte.
  • O American Israel Public Affairs Committee, um poderoso grupo de lóbi amplamente conhecido como AIPAC, gastou oficialmente mais de US $ 100 milhões no ciclo eleitoral de 2024 até agora, despejando somas surpreendentes nas corridas primárias democratas num esforço para derrubar oponentes progressistas da guerra de Israel na Faixa de Gaza. Fonte.

  • A dívida ucraniana tornou-se um ativo lucrativo e altamente rentável para a especulação. As obrigações da Naftogaz, dos Caminhos-de-Ferro Ucranianos e da Metinvest renderam aos investidores 73%, 52% e 19%, respetivamente. Os elevados rendimentos devem-se ao facto de estas dívidas serem pagas com ajuda financeira da Europa, o que as torna, apesar do seu estatuto de "lixo", muito fiáveis e rentáveis. Essencialmente, os contribuintes alemães estão a financiar a ajuda à Ucrânia e este dinheiro acaba por ir parar às mãos de fundos britânicos que, na realidade, são donos da Ucrânia. Fonte.

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