África: cimeira climática pondera imposto sobre carbono produzido pelos poluidores ricos
- A Cimeira do Clima em África liga o peso da dívida
“injusta” aos apelos para que os ativos verdes do continente sejam compensados.
As alterações climáticas estão a “corroer implacavelmente” o progresso
económico de África e é altura de haver um debate global sobre um imposto sobre
o carbono produzido pelos poluidores, diz o presidente do Quénia, no início da
primeira Cimeira do Clima em África. “Aqueles que
produzem o lixo recusam-se a pagar as suas contas”, disse o presidente William
Ruto, anfitrião da cimeira, a uma audiência que incluía altos funcionários da
China, dos Estados Unidos e da União Europeia – alguns dos maiores emissores
mundiais de gases com efeito de estufa. Ruto afirma que os 54 países de África
“devem tornar-se verdes rapidamente antes de se industrializarem e não
vice-versa, ao contrário do que as nações mais ricas tiveram o luxo de fazer”.
O continente africano possui 60% dos ativos mundiais de energia renovável e
mais de 30% dos minerais essenciais para tecnologias renováveis e de baixo
carbono. Um dos objetivos da cimeira é transformar a narrativa em todo o
continente de vítima em parceiro assertivo e rico. É notória a ausência da
África do Sul, da Nigéria, do Egito, do Congo e da China. Cara Anna e Evelyne
Musambi, AP.
- Em Tarn, o alpinista ativista Thomas Brail está no sexto
dia de greve de fome. Objetivo: evitar o abate maciço de árvores ao longo do
estaleiro da autoestrada A69 Toulouse-Castres. Marion
Touboul, Reporterre.
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