Ativistas do Clima protestam contra petrolífera e jatos privados

• Ativistas do Clima foram arrastados quando tentavam invadir o palco da reunião de acionistas da Shell, na terça-feira, 23 de maio, enquanto os investidores ativistas aumentavam a pressão com uma resolução que exigia que a gigante mundial do petróleo e do gás reforçasse a sua estratégia de emissões. O presidente da Shell, Andrew Mackenzie, não conseguiu dar início à reunião durante mais de uma hora, quando dezenas de manifestantes se levantaram, entoando e cantando "Shut down Shell" e "Go to hell, Shell" adaptando o refrão da famosa canção de Ray Charles, Hit The Road Jack. AP.

• Mais de 100 ativistas e cientistas do clima dirigiram-se à maior feira de venda de jatos privados da Europa, acorrentando-se aos corredores de aviões de luxo e colocando rótulos de aviso de saúde ao estilo do tabaco nas aeronaves, para denunciar as suas contribuições para as emissões de gases com efeito de estufa que aquecem o planeta. Os ativistas do Greenpeace, Stay Grounded, Extinction Rebellion, Scientist Rebellion e outros grupos climáticos utilizaram a Convenção e Exposição Europeia da Aviação Executiva em Genebra, como uma oportunidade para chamar a atenção do público para as "emissões de luxo" dos super-ricos do mundo, que contribuem de forma desproporcionada para a crise climática. Jake Johnson, Common Dreams.

• A polícia alemã efetuou rusgas em sete estados, visando ativistas do Clima do grupo "Letzte Generation" (Última Geração), que gerou polémica com manifestantes que se colaram às estradas para bloquear o trânsito. France24.

• A França proibiu as viagens curtas de avião quando há alternativa de viajar de comboio. O limite é de duas horas e meia de comboio. A medida, que entra agora em vigor, não altera significativamente o mapa do transporte aéreo francês. Trata-se, em princípio, da ligação de três grandes cidades ao aeroporto de Paris-Orly: Nantes, Lyon e Bordéus. MANUEL LIGERO, Climática.

• Um grupo de mais de 130 parlamentares dos EUA e de países da UE enviou ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao secretário-executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, Simon Stiell, uma carta pedindo o afastamento do presidente da próxima COP28 (e CEO de uma companhia petroleira dos Emirados Árabes Unidos), Sultan Al-Jaber. No texto, os signatários manifestam “profunda preocupação com o facto das atuais regras que regem a UNFCCC permitirem que poluidores do setor petroleiro exerçam influência indevida nos processos de negociação”. A carta pede também medidas específicas para acabar com a influência da indústria dos combustíveis fósseis, “particularmente os principais atores da indústria cujas estratégias de negócios estão em claro desacordo com os objetivos centrais do Acordo de Paris”. Fonte. Que empenhados ambientalistas eles se tornaram. Fantástico! Esta ação concertada, empenhada, não terá a ver com o facto de os Emiratos àrabes Unidos estarem a preparar a adesão aos BRICs no sentido da desdolarização?

• A Greenpeace sai da Rússia porque as autoridades russas classificaram-na como uma organização indesejável por fazer propaganda anti-Moscovo e tentar mudar o poder no país. Euronews. Desde 2004, há cerca de 20 anos, que o blogue Ambiente Ondas3 reporta questões ambientais de todo o mundo. As suas sempre renovadas fontes têm  garantido o acesso a estórias muitas vezes omitidas ou remetidas para as caves dos media dominantes por certamente serem inconvenientes. Apesar de muitas buscas, não temos memória de ter tido acesso a ações relevantes levadas a cabo pela Greenpeace na Rússia. É estranho que, agora, a AFP e a Euronews venham lamentar a enorme falta que a Greenpeace irá representar na defesa do Ambiente e da Natureza na Rússia. Então, como se explica que nunca tenham reportado sobre essas ações? Não temos estado distraídos durante estes cerca de 20 anos. Muito pelo contrário...