Dez associações apresentaram um manifesto contra as
tentativas de desclassificação de áreas REN e RAN, defendendo a preservação
desses solos cada vez mais raros e insubstituíveis.
As associações afirmam-se unidas em apoio da habitação
pública em zonas urbanas consolidadas, à reabilitação de imóveis devolutos, e à
reconversão de edifícios de escritórios também desocupados, para habitação a
custos controlados.
As associações consideram tratar-se de uma luta contra uma agenda de promotores imobiliários e de negócios em torno de mais construção e, por isso, repudiam as tentativas lançadas na opinião pública de criar na população a falsa ideia de que a crise da habitação se deve à existência de instrumentos de ordenamento do território que imponham restrições à construção. Criticam também os discursos de autarcas que procuram criar uma falsa dicotomia entre o direito à habitação digna e o direito a um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado. As associações lembram que apenas 4% do território nacional é ocupado por solos muito férteis e que a crise na habitação não se resolve com a desafetação de solos da RAN, sendo também urgente considerar-se as áreas REN como elementos indispensáveis ao equilíbrio ecológico. Esquerda. Sempre atento e atualizado, o Ambiente Ondas3 já em 19 de maio tinha referido a gravidade desta medida.
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