França: greve dos lixeiros dos setores público e privado deixam Paris no caos

• 20 dias após o início da greve dos lixeiros do setor público em Paris, o setor privado juntou-se ao movimento com uma greve a partir de domingo passado em cinco distritos não afetados até agora. France Bleu.

• Após mais de dez anos de mobilização ambiental, a Albânia acaba de declarar todo o rio Vjosa como parque nacional. Este é um conceito sem precedentes na Europa: todo o leito do rio albanês e mesmo alguns dos seus afluentes, ou seja, quase 13 000 hectares, estão agora protegidos ao abrigo da categoria II da União Internacional para a Conservação da Natureza,  um dos mais altos níveis de proteção possível. “Não estamos apenas a proteger uma secção do rio, mas todo um sistema fluvial", diz Ulrich Eichelmann, director da Riverwatch. “O rio principal, mas também os afluentes e mesmo os afluentes dos afluentes! Este é um conceito completamente novo que se deve tornar um modelo para a Europa.” Mais de quarenta projetos de centrais hidroelétricas há muito que ameaçam desfigurar a bacia hidrográfica de Vjosa. Mas o rio Greco-Albanês tem podido beneficiar de uma forte mobilização orquestrada por ONGs, aglutinando comunidades locais, cientistas, advogados e media internacionais. Uma opção turística para contrariar os projetos industriais que a Patagónia tem apoiado desde 2016. A marca californiana espera que este novo conceito de proteção e esta parceria com o Estado albanês seja replicado. Defendendo-se de qualquer lavagem verde, a Patagónia anunciou uma doação de mais de quatro milhões de euros à UICN e às ONGs, a fim de lançar projetos semelhantes em mais rios dos Balcãs e estabelecer este primeiro "parque fluvial selvagem" no Vjosa. Louis Seiller, Reporterre.

• Está em curso uma operação de limpeza após cerca de 200 barris de fluido de um reservatório, incluindo óleo derramado na água em Poole Harbour, em Dorset. Foi declarado um incidente grave quando ocorreu uma fuga num oleoduto operado pela companhia de gás Perenco, em Owers Bay, no domingo. A população foi aconselhada a não nadar no porto ou nas proximidades até nova ordem. A fuga veio da Wytch Farm, um campo petrolífero e instalação de processamento que produz cerca de 14.000 barris de de petróleo por dia. Poole é o maior porto natural da Europa e um local de especial interesse científico, que alberga uma série de aves pernaltas. Maria Zaccaro, BBC.

• Os residentes de Filadélfia e arredores exigiram às autoridades clareza sobre a segurança da sua água potável, três dias após a fuga de produtos químicos de uma fábrica para um afluente do rio Delaware, que fornece água a cerca de 14 milhões de pessoas. Cerca de 8.100 galões de solução de polímero acrílico vazaram de um tubo rebentado na fábrica química Trinseo PLC em Bucks County, Pensilvânia, no final da sexta-feira, entrando em Otter Creek, que desagua no Delaware. A solução continha acrilato de butilo, acrilato de etilo e metacrilato de metilo, que são utilizados em tintas e adesivos. A exposição ao acrilato de butil e ao acrilato de etilo está associada a dificuldades respiratórias, e este último é listado como "potencial cancerígeno ocupacional" pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças. Apesar da fuga dos químicos, as autoridades municipais não alertaram os residentes até domingo de manhã, quando disseram que as pessoas em Filadélfia deveriam utilizar água engarrafada para prevenir a exposição e avisaram que, embora a contaminação ainda não tivesse sido detectada no abastecimento de água potável, a água de Otter Creek poderia ter vestígios de químicos. Julia Conley, Common Dreams.

• Biocombustíveis são ineficientes em relação à área cultivada, conclui instituto de pesquisa alemão. EcoDebate.

• "Entre as piores desculpas para não fazer a única coisa que devemos fazer é a captura de carbono, que não funcionou de modo algum e não mostra sinais de o fazer a uma escala significativa num futuro próximo. Mas, apesar de ser uma possibilidade, cria uma justificação para continuar a queimar-se combustível fóssil. O mesmo acontece com a geoengenharia, que, para além de provocar muitos tipos de disrupções, é uma forma de compensar as emissões contínuas da queima de combustíveis fósseis, em vez de deixar de as queimar. Estas soluções centralizadas na alta tecnologia parecem apelar aos tecnocratas e beneficiários das grandes corporações e do poder centralizado, que talvez não gostem ou não compreendam a descentralização do poder proveniente do sol e do vento". Rebecca Solnit, The Guardian.