sábado, 18 de fevereiro de 2023

França: subida do nível do mar força a demolição de bloco de apartamentos e realojamento de moradores

  • A França demoliu um bloco de apartamentos de praia e realojou os residentes devido à subida do nível do mar. Com quatro andares de altura, visava veraneantes em Soulac-sur-Mer, no extremo norte do estuário da Gironda, no sudoeste da França. Mas com as praias a desaparecerem a um ritmo de cerca de 2,5 metros por ano nas últimas décadas, Soulac-sur-Mer sofreu uma das mais rápidas erosões costeiras em França. Em 2010, o mar galgava a duna sobre a qual o Le Signal foi construído. Em 2014, o governo local decidiu realojar os habitantes do edifício e iniciou o longo processo de expropriação e remoção do amianto antes de iniciar a demolição no início deste mês. Euronews.
  • Milhares de pessoas deverão reunir-se em Madrid para protestar contra os planos "bárbaros" de cortar mais de 1.000 árvores em dois parques populares para dar lugar a uma extensão do sistema de metro da cidade. Sam Jones, The Guardian.
  • Quase duas semanas após um comboio que transportava químicos tóxicos ter descarrilado em East Palestine, Ohio, os moradores lotaram o auditório de uma escola secundária local na quarta-feira à noite, em busca de respostas às suas preocupações de saúde e segurança. Norfolk Southern Corporation, a operadora do comboio descarrilado com sede em Atlanta, acabou por faltar ao encontro. "Sabemos que muitos estão, neste momento, legitimamente zangados e frustrados. Infelizmente, após consultar os líderes comunitários, ficámos cada vez mais preocupados com as crescentes ameaças físicas aos nossos empregados e membros da comunidade relacionados com este acidente, decorrentes da crescente probabilidade da participação de partes externas", afirmou a empresa numa declaração. "Tendo isso em mente, Norfolk Southern não estará presente esta noite". A empresa disse ter distribuído 1,5 milhões de dólares para ajudar os residentes a cobrir os custos de evacuação e está a criar um fundo de 1 milhão de dólares para a monitorização do ar. A empresa enfrenta múltiplos processos judiciais por parte dos residentes por causa do descarrilamentoEmbora os responsáveis pela saúde e ambiente tenham considerado a área segura, os residentes dizem que o cheiro de produtos químicos ainda persiste. Os residentes queixaram-se de ter dificuldade em respirar, cheiros nocivos, impactos na vida selvagem e preocupações contínuas sobre a contaminação da água e do solo. Lauren Aratani e Michael Sainato, The Guardian.
  • Quando os parques urbanos são para poucos. Em São Paulo, retrato de uma segregação pouco debatida: áreas verdes urbanizadas concentram-se nas zonas ricas. Agora, poder público as concede a operadores privados, que querem transformá-los em áreas de diversão para quem pode pagar. Marie Madeleine  Hutyra de Paula Lima, Outras Palavras.

Sem comentários: