Eólicas offshore, causa do maior deserto oceânico do mundo?
- Os projetos de
eólicas offshore em Viana, Leixões, Figueira, Ericeira e Sines vão causar “o
maior deserto oceânico do Mundo” e condenar as comunidades piscatórias a
desaparecer. É este o cenário traçado pelo porta-voz de 15 associações de
armadores, organizações de produtores e sindicatos, que se dizem traídos por
não terem sido auscultados previamente. Por isso, pediram uma audiência com
caráter de urgência na Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas. Francisco
Portela Rosa, porta-voz das organizações ligadas à pesca afirma que não são
conhecidos estudos do impacto socioeconómico e ambiental que terão as áreas
propostas entre Viana do Castelo e Sines. E contestou a localização das cinco
novas áreas, em consulta pública, pela sua sobreposição a pesqueiros de todas
as principais artes de pesca usadas em Portugal, do norte a sul da Costa
Atlântica, ao largo de Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Peniche e
Ericeira, Setúbal e Sines. “Estamos extremamente preocupados após a experiência
que tivemos em Viana do Castelo [primeiro parque eólico em Portugal, WindFloat,
instalado desde 2019]. Cerca de uma milha ao redor não há fauna”, alerta
Francisco Portela Rosa. Segundo ele, os 320 mil hectares previstos para
exploração equivalem ao território todo dos Açores e da Madeira e que, a
avançarem, Portugal passaria a ter, talvez, o maior deserto oceânico do Mundo,
porque ali nada sobrevive para além das eólicas. Ana Peixoto Fernandes, JN.
- Consulta pública até 29 de março: Novo Plano de Pedreira Vale de Mós A, Setúbal. (fundir as pedreiras Vale de Mós A e Vale de Mós B, e ampliar estas pedreiras em 18,5 ha). Participa.
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