Incineradora da Ilha Terceira
- Salvar a Ilha, movimento que une as associações ambientalistas Amigos dos Açores, ARTAC, núcleo de São Miguel da Quercus e Zero, quer que os 58 milhões de euros alocados à construção daquela estrutura sejam aplicados noutras utilizações "muito mais relevantes" a nível ambiental. Na base da afirmação estão os dados da última revisão do documento orientador da gestão de resíduos da Região, que prevê a produção de 155 mil toneladas de resíduos urbanos nos Açores em 2035, "das quais 100 mil serão recicladas e 18 mil irão para aterro, sobrando apenas 37 mil para incineração". Ora, para a Salvar a Ilha, este número (37 mil toneladas), "é inferior à atual capacidade instalada da incineradora da ilha Terceira, a qual é da ordem das 40 mil toneladas/ano". E uma vez que os resíduos para incineração não chegam sequer a esgotar a capacidade do equipamento gerido pela TERAMB, o movimento considera que se torna "desnecessário" avançar para a construção de uma incineradora na ilha de São Miguel. Além de desnecessário, "a construção deste mega incinerador vai impedir o cumprimento das futuras metas de reciclagem nessa ilha e mesmo em todo o arquipélago". "O projeto do incinerador prevê uma capacidade máxima de incineração de 89 mil toneladas por ano, pelo que, a concretizar-se, vai forçosa- mente ter de ser alimentado com muitos dos resíduos que poderiam ser reciclados, pois, caso isso não aconteça, o projeto torna-se financeiramente inviável" Uma situação que, dizem, já se verifica no equipamento existente na ilha Terceira, onde a taxa de reciclagem "tem vindo a diminuir desde que o incinerador entrou em funcionamento", bem como em outras regiões do país, onde foram instaladas incineradoras "sobredimensionados e que têm taxas de reciclagem bastante abaixo das metas comunitárias", como a Madeira, Lisboa (Valorsul) e Porto (Lipor). Entre as formas de aplicar a verba prevista para a incineradora da responsabilidade da MUSAMI, empresa intermunicipal que agrega os seis concelhos da ilha de São Miguel - o movimento suge- re a sua aplicação na "melhoria da recolha seletiva multimaterial (embalagens e papel) e de biorresíduos (resíduos orgânicos), através da recolha porta-a-porta", bem como na instalação de uma unidade de Tratamento Mecânico e Biológico na incineradora da TERAMB. Nuno Neves, AO.
- Donos da Fabrióleo alvo de buscas em megaoperação que envolve herdade em Almeirim. António e Isabel Gameiro, assim como os filhos que são donos de uma fábrica de tratamento de óleos semelhante à que laborava em Torres Novas, foram alvo de buscas domiciliárias. Megaoperação está relacionada com crimes de poluição na Herdade do Salgueiral e falsificação de guias de transporte. A GNR realizou buscas domiciliárias à residência de António e Isabel Gameiro, proprietários da Fabrióleo, empresa localizada em Carreiro da Areia no concelho de Torres Novas que o Estado encerrou em 2018. As buscas fizeram parte de uma megaoperação por crime de poluição e falsificação de documentos e que para já culminou com apreensões e detenção de um homem de 40 anos por poluição e posse de arma proibida, no concelho de Almeirim. Depois de terem sido denunciados crimes ambientais na Herdade do Salgueiral, a megaoperação incidiu em 14 locais, entre os quais, a herdade, residências em empresas do grupo, incluindo três que pertencem à família Gameiro da Silva, dona da herdade. As empresas são a Extraoils, que tal como a antiga Fabrióleo transforma óleos vegetais usado em Vendas Novas, a Copalcis, que efectua lavagem de cisternas e a empresa de transportes Caltransvia, ambas sediadas no concelho de Alenquer. O Mirante.
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